Um dos principais jogadores de basquete do Brasil festeja o momento especial e único da Olimpíada no País. Nenê Hilário está com 33 anos e deve ter a sua última chance de conquistar uma medalha nos Jogos do Rio. Por isso, está se esforçando para ajudar a seleção a chegar longe.
“Esse momento é muito especial, único, oportunidade honrosa de representar nosso país, nossa família, nossos amigos e, no meu caso, meu Senhor, sabendo que isso poderá ficar como legado muito longo, pois meus filhos, meus netos poderão contar essa história. É um fato que às vezes não temos nem palavras para mencionar”, afirmou o pivô.
Ele acha que o Brasil tem condições de enfrentar os fortes rivais, até pela regularidade da equipe nos últimos anos. “A seleção brasileira está no mesmo nível das outras seleções. Nos últimos seis anos estamos no Top 5 do cenário mundial e não foi de palavra, foi de trabalho. Agora é continuar, fazer o que estamos fazendo, pegar o passado como exemplo e fazer uma nova história”, explicou.
Para o jogador que trocou recentemente de equipe na NBA, indo do Washington Wizards para o Houston Rockets, uma das armas do Brasil para conquistar uma medalha é o técnico argentino Rubén Magnano. Ele tem um ouro olímpico no currículo ao levar a Argentina ao título de 2004, nos Jogos de Atenas. “O Magnano é o melhor técnico que nós temos nesse momento. Com a bagagem que ele tem, de experiência e conquistas, é a pessoa mais confiável para isso”, avisou.
Nenê está acostumado a enfrentar os jogadores dos Estados Unidos nas partidas pela NBA e prefere ignorar a motivação de alguns deles, como LeBron James e Stephen Curry, que optaram por não vir ao Brasil para os Jogos. “A Olimpíada não vai mudar por causa de ausência de atletas. A gente tem de valorizar quem está aqui. Se as pessoas vão deixar de vir por causa de coisas que não sabem, que não têm noção ou informação, é problema deles”.
Aos 33 anos, Nenê sabe que o apoio da torcida será fundamental no Rio, mas prefere pensar jogo a jogo na Olimpíada. “O projeto é treinar forte, continuar nosso trabalho, visando à medalha, e depois disso aí é outra coisa. Temos de viver dia após dia. Estou trabalhando. Sempre fui feliz, mas às vezes vem a adversidade. O momento é especial, tem muita coisa que acontece com a gente que nos faz ficar com esse espírito”, concluiu.