Se o Vasco teve um ano para esquecer em 2015, ao menos um ponto bastante positivo ficou para esta temporada. Nenê chegou ao clube com o Campeonato Brasileiro em andamento, comandou uma arrancada na reta final da competição, mas não impediu o rebaixamento. Ainda assim, decidiu permanecer em São Januário, para delírio dos torcedores, que transformaram o meia-atacante em ídolo mesmo com o pouco tempo de casa.
“A firmeza do Eurico (Miranda), o trabalho do Jorginho, tudo pesou (para eu ficar), principalmente a torcida. Falei: ‘Não tem jeito’. Acho que tinha que cumprir minha missão. Uma boa hora para continuar junto e colocar o clube no lugar onde merece. Parece que estou aqui há muito tempo. Essa identificação com a torcida, não tem preço tudo isso. Pesou muito na minha decisão”, declarou nesta quarta-feira.
Nenê assinou a prorrogação de seu contrato por duas temporadas na última terça, apesar do interesse de diversos outros times brasileiros. O jogador é a principal aposta da diretoria e da torcida para comandar o Vasco em uma temporada que promete ser dura e levá-lo de volta à elite do Brasileirão. Ele próprio sabe da responsabilidade que o envolve, mas quer fugir do rótulo de “salvador da pátria”.
“Me sinto muito feliz, mas não penso dessa maneira. A pressão acaba ficando maior. Acho que é importante manter o elenco. Isso às vezes é melhor do que alguma contratação. O mais importante é a base ser mantida. O entrosamento vem de mais tempo. Esse é o caminho certo. Fico feliz de estar representando o Vasco dessa maneira”, comentou.
E mesmo com a queda para a Série B, Nenê vê o Vasco em iguais condições para disputar os títulos do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil com os rivais da elite. “O Vasco entra de igual para igual. O time está forte. No Brasileiro, é obrigação nossa subir, pela grandeza do clube. E na Copa do Brasil, vamos com tudo para tentar conquistar esse título. O time é praticamente o mesmo, tivemos uma das melhores campanhas do segundo turno do Brasileirão. Temos tudo para conquistar títulos.”