O piloto brasileiro Nelsinho Piquet está com um pé fora da Renault, segundo admitiu o chefe da escuderia, Flavio Briatore, que se reúne nesta quinta-feira (2) em Paris com o presidente da fábrica, Carlos Ghosn.
Em uma entrevista concedida ao jornal esportivo italiano La Gazzetta dello Sport, Briatore confessou que Piquet “não teve um bom campeonato, faz coisas positivas antes da classificação, mas depois não vai nunca como deveria”.
Ao ser questionado sobre o futuro do piloto brasileiro na equipe, Briatore respondeu com um breve “veremos”. Segundo boatos recentes, Nelsinho será substituído na próxima temporada pelo também brasileiro Lucas Di Grassi, atual piloto de testes da equipe.
Briatore revelou que irá se reunir com Ghosn para “assentar as bases para o ano que vem”, em um plano que prevê novos investimentos e uma estrutura diferente para a Renault Sport, que não será mais comandada exclusivamente por Britore.
“Nos momentos mais difíceis dos últimos anos, quando havíamos entrado em um túnel que era difícil de sair, ele não quis baixar o orçamento, mostrando assim sua confiança em nosso projeto”, disse Briatore elogiando Ghosn.
Segundo o chefe da escuderia Renault, o retorno de Fernando Alonso em 2008 deu motivação para a equipe. “Ele (Alonso) não se ofereceu ainda para nenhuma outra equipe e ficamos de conversar quando terminar o atual campeonato, eu confio que ele irá continuar conosco”, afirmou.
Para Briatore, a chave para manter Alonso está no fato Renault ser capaz de oferecer ao espanhol “um automóvel inovador”, algo que considera possível, pois, segundo ele, a Renault tem “um ótimo setor aerodinâmico, com gente jovem, capaz e entusiasmada”.
Enquanto isso a equipe Honda continua sonhando com uma nova dupla de pilotos para a temporada 2009 formada por Alonso e o alemão Nick Heidfeld, e com o brasileiro Bruno Senna, sobrinho do tri-campeão Ayrton Senna e atual vice-campeão da GP2, como pilotos de testes.
