Nei se torna o símbolo da raça no Atlético

Exausto, dolorido, repleto de hematomas. A maneira como o lateral-direito Nei deixa o gramado após os jogos do Atlético não é sinal de fragilidade ou falta de preparo físico.

Disputando todas as bolas e entrando para rachar em cada dividida, ele vem se firmando cada vez mais como titular do Furacão e símbolo da raça rubro-negra.

No último domingo, na derrota de 1 a 0 para o Palmeiras, não foi diferente. Nei saiu de campo mancando muito, mas o motivo não era nenhuma contusão que possa afastá-lo do time.

?Foi excesso de pancada. Apanhei bastante, estou com a perna inteira roxa e saí cansado mesmo. Todos os jogos são como se fosse o último de minha vida e me entrego ao máximo. Por isso eu saio exausto?, explica.

Tanta força de vontade tem explicação. Nei chegou ao Atlético no final de 2006, como grande revelação da Ponte Preta, mas teve que batalhar muito para conquistar um espaço na equipe titular. Disputando posição com Jancarlos ou improvisado na ala-esquerda, ele sentiu a falta de ritmo, demorou para se adaptar e deixou a torcida rubro-negra desconfiada.

A chance de se efetivar em sua posição veio em fevereiro, quando Jancarlos entrou em litígio com o Atlético e foi para o São Paulo. E quando completou uma seqüênciade três partidas como titular, Nei foi logo mostrando sua personalidade: ?Agora podem cobrar de mim?.

Nei não é unanimidade entre a galera atleticana, mas conquistou muitos fãs com sua disposição inabalável. ?Para mim não tem bola perdida. Vou em todas e é isso o que acontece. Quando o adversário acha que dá para chegar, eu chego antes e acabo levando porrada?, afirma, tentando explicar por que apanha tanto durante as partidas.

A mudança do esquema tático a partir do jogo do contra o Goiás, no próximo domingo, não preocupa. ?Estou acostumado com o 4-4-2. Mesmo no 3-5-2, já voltava para marcar. Não consigo ficar só fechando pelo meio. Gosto de ajudar atrás e ser bem participativo no campo?, revela.

Pequim?

Aos 22 anos, Nei ainda alimenta esperança de uma convocação para defender o Brasil nas Olimpíadas de Pequim. Ele teve a oportunidade de defender a seleção sub-23 no final do ano passado, contra a seleção do Brasileirão 2007.

Mas a ambição está atualmente em segundo plano. ?No momento, eu esqueci as Olimpíadas. Deixa o Dunga pensar nisso. Eu tenho que pensar no Atlético, no Brasileiro, ou não farei um bom trabalho aqui?, avalia.

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