Foto: Valquir Aureliano/O Estado |
Neguete está em boa fase. continua após a publicidade |
Titular do time campeão estadual, o zagueiro Neguete amargou o banco de reservas durante boa parte do primeiro turno do Brasileirão. A volta por cima veio em grande estilo. Recuperou a posição e ainda conquistou a tarja de capitão do Paraná Clube. ?É sinal da confiança do treinador?, comemora o jogador. Neguete não se deixa levar, porém, pela euforia que toma conta do torcedor. Sabe que há, ainda, um longo caminho pela frente.
?A gente anda, anda e parece que tudo continua muito longe?, disse o zagueiro. ?Já fizemos 29 jogos, mas a hora da definição é agora, onde é proibido vacilar.? Para Neguete, o grupo conquistou maturidade ao longo da competição e, mesmo com alguns desfalques, o nível de atuação permanece praticamente inalterado.
Por isso, não teme que o time se deixe levar por elogios exagerados ou por eventuais críticas que possam surgir. ?Estamos fechados. É tampar ouvidos e confiar no nosso trabalho?, comentou.
Foi com essa serenidade que Neguete aceitou a suplência. Sabe que foi um momento difícil para o técnico Caio Júnior, quando teve que escolher três entre quatro zagueiros. ?Acatei de boca fechada. Só me deu força para trabalhar ainda mais?, disse o zagueiro. Naquele momento, Edmilson foi o escolhido para formar a zaga com Gustavo e Émerson. Neguete passou a ser o imediato para o setor, tanto que em quatro jogos atuou como líbero.
A ?virada? para Neguete ocorreu no segundo turno, justamente num momento difícil, onde o Paraná sofreu a sua pior seqüência de derrotas. Ele voltou ao time frente ao Grêmio, em Porto Alegre. Apesar do revés, o time recuperou o sentido de marcação, que deixara a desejar nos jogos anteriores. Desde então, Neguete só não atuou frente à Ponte Preta (suspenso), no único jogo onde Caio Júnior abriu mão dos três zagueiros. No total, Neguete participou de dezessete jogos neste Brasileiro, quinze deles como titular.
Na sua visão, o segredo para o time não perder o embalo é uma cobrança interna constante. ?Time que vai em banho-maria não chega a lugar algum. É preciso ter esse clima de cobrança, um exigindo
mais do outro?, disse Neguete. O estilo ?sossegado? de Neguete vale apenas fora das quatro linhas. ?No treino ou no jogo, grito, discuto. Se tiver que xingar, não tem crise?, assegurou. ?Só que da mesma forma que cobro, aceito ser cobrado.? Esse é o estilo do novo capitão paranista.
?Sei que essa tarja é provisória. O Beto logo está voltando?, finalizou, sem vaidade.
Diretoria paranista acredita que torcida vai comparecer em peso
Se boa fase é sinal de casa cheia, a diretoria tricolor acredita que todos os ingressos para Paraná x Flamengo se esgotarão antecipadamente. Uma carga de 14.300 ingressos (sendo 2.100 para torcida visitante) estará à venda a partir desta manhã. Será o primeiro jogo de duas torcidas desde a reabertura do Estádio Durival Britto, há um mês. Nas partidas contra Fortaleza, Ponte Preta e Goiás, apenas paranistas marcaram presença, com média de 9.114 pagantes/jogo.
O clube, mesmo tendo fixado a capacidade da Vila Capanema em 18.500 torcedores, vem trabalhando com uma margem de segurança e limitando sempre em 15.000 ingressos a carga final. Além dos 14.300 destinados à venda, há outros 700, aproximadamente, destinados a convênios com patrocinadores. Estarão disponíveis em todas as sedes do clube, Capanema, Kennedy, Tarumã e Boqueirão.
Não houve variação na tabela de preços, que ficou assim definida: curva norte, R$ 15,00; reta do relógio, R$ 20,00; sociais, R$ 30,00; cadeiras, R$ 40,00 e torcida visitante, R$ 30,00. Em todos os setores mulheres, menores, estudantes, sócios e idosos pagam meio-ingresso. A diretoria reduziu apenas o valor da entrada para proprietários de cadeira cativa, que pagam R$ 10,00.