té o final da noite de ontem, o diretor de futebol do Atlético, Alfredo Ibiapina, e o técnico Renato Gaúcho ainda não tinham chegado a um acordo para que o treinador comande o Furacão a partir desta semana. O contato, que começou há quatro dias, está ganhando contornos semelhantes aos envolveram a contratação do atacante uruguaio Santiago García, o “El Morro”, por causa do impasse no fechamento de um acordo.
Desde quinta-feira o diretor de futebol tem buscado uma resposta do treinador. Na sexta-feira, depois de quatro horas de conversa, Ibiapina protelou a resposta de Gaúcho para sábado e novamente mais enrolação no momento de fechar o negócio. Foram mais de seis horas de discussões diretamente com Renato Gaúcho e a negociação ganhou mais um dia sem definição. Ontem, os dois voltaram a se reunir, desta vez sem o procurador Gerson Oldenburg, que acompanhou de longe a discussão.
Embora o Atlético não confirme, o maior impasse estaria no valor salarial, já que Renato Gaúcho não aceitaria receber menos de R$ 400 mil, valor próximo que estava recebendo no Grêmio. Sem muitos nomes de impacto no mercado, a diretoria de futebol optou por tentar convencer Gaúcho a assumir o Furacão, que está amargando a última colocação no Campeonato Brasileiro.
Sem Renato Gaúcho, o clube teria de partir para cartadas mais complicadas, como investir em treinadores que estão contratados. Porém, para tirar Paulo César Carpegiani, do São Paulo, ou Dorival Júnior, do Atlético-MG, dois nomes que agradam a diretoria, o investimento poderia ser ainda maior do que o que está sendo dispendido para tentar trazer Renato Gaúcho. Até hoje, o Atlético nunca pagou mais de R$ 150 mil por mês a um treinador.
Adilson Batista foi o mais bem remunerado, mas tinha a seu favor o desejo antigo do clube te contar com seus trabalhos no comando do time. Para manter o padrão salarial, Antônio Lopes seria o nome que se encaixaria melhor. O próprio Delegado já afirmou que salário não seria o problema. Para resgatar a confiança da direção, Lopes já buscou uma reaproximação e assim reabriu as portas no Atlético. Com poucas opções no mercado, o ex-treinador ganha mais força até pela demora de Renato Gaúcho em se decidir.