Negociação com a Rússia esfria e Josiel deve ficar no Tricolor

O Paraná Clube ganhou um ?reforço? de peso para o segundo turno. Ao que tudo indica, o artilheiro Josiel não mais será negociado. Pelo menos esse é o pensamento do diretor de futebol Durval Lara Ribeiro, que nunca escondeu a insatisfação com a forma como a novela foi conduzida. Vavá, desde o início, tratou o assunto como mais uma das inúmeras especulações em torno do artilheiro do Brasileirão. O grupo de empresários que pretendia levar o goleador para o futebol russo não mais se manifestou e o futuro de Josiel pode ser mesmo seguir na Vila Capanema, brigando pela artilharia da competição.

?Só acredito quando surgir um documento oficial, de um clube. Não de empresários?, disse Vavá Ribeiro. O dirigente esteve conversando longamente com Josiel, ontem. ?Quero ele focado nos jogos. O que ocorrer nos bastidores será resolvido pela diretoria?, disse o dirigente. Como a janela para transferências internacionais está se fechando, é pouco provável que surja nova proposta significativa pelo atleta. Há cinco jogos sem balançar as redes, o goleador garante que esse imbróglio não afetou seu rendimento dentro de campo. ?A minha disposição é sempre a mesma. Deixo essa questão para meu procurador?, disse o atacante.

A diretoria não confirma valores. Mas a negociação para a Rússia giraria em torno de 2 milhões de euros, por 70% dos direitos federativos do atleta. No início do Brasileiro, quando Josiel conseguiu projeção nacional, atingindo a ponta da artilharia, com média de um gol por jogo, comentou-se que o Tricolor não aceitaria sequer conversar por qualquer oferta inferior a 4 milhões de euros. Desde então, houve muita especulação, mas nenhuma oferta quente surgiu. ?Empresários nos procuram a cada instante. Mas só considero oferta aquela que vem em papel timbrado, do clube interessado. E isso, posso garantir, não surgiu?, disse Vavá. O atacante espera a partir de amanhã, na Vila Belmiro, voltar a marcar gols, sustentado pelo crescimento da equipe. ?Jogamos bem contra o Botafogo. Mas não vencemos. Também tivemos bons momentos contra o Goiás. Só que isso não basta. Precisamos de pontos para recuperar o espaço perdido?, destacou o artilheiro.

Beto volta. O resto é mistério

A volta do capitão Beto é certa. Já a escalação do Paraná Clube, só momentos antes de a bola rolar. O técnico Gilson Kleina resolveu adotar a tática do mistério para dificultar as ações de Vanderlei Luxemburgo. Não deu pistas sobre a estratégia que irá adotar no jogo frente ao Santos, amanhã – às 20h30 -, na Vila Belmiro. A tendência, porém, é a repetição do mesmo posicionamento aplicado na última jornada.

Com a presença de Beto, quem sai do time é Goiano. Porém, fora de casa, contra um adversário direto, não é descartada a possibilidade de um time mais pegador no meio-de-campo, com a utilização de três volantes. Uma chance para Serginho, que além de marcar tem uma saída de bola mais qualificada e poderia formar com Beto e Adriano um trio de proteção à zaga. Se essa for a opção de Kleina, Renan poderia sair do time, mesmo tendo um bom desempenho frente ao Botafogo.

Na lateral esquerda reside a grande dúvida do treinador. Promover a volta de Márcio Careca ou efetivar o zagueiro Luís Henrique improvisado no setor. No último fim-de-semana, Luís Henrique – lateral de origem – teve um bom desempenho posicionado neste setor. ?Não fui muito à frente. A orientação era fechar bem o lado e não permitir que o Botafogo chegasse?, comentou o zagueiro.

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