A sétima edição do NBB começa nesta sexta com um tom de triunfo. Nenhum dirigente comenta abertamente, mas a parceria com a NBA não tardará a ser anunciada. Hoje, a entidade não tem um patrocínio master. A Spalding é responsável pelo fornecimento das bolas. Um dos poucos contratos que vigiam, de uma marca de isotônicos, expirou e está sendo renegociado. Mas ninguém está preocupado. Os norte-americanos estão chegando, e vão se incumbir de buscar patrocínio, da divulgação do campeonato e do licenciamento de produtos.

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A Rede Globo, parceira desde o início, não conseguiu encontrar uma marca para preencher o lugar que coube à Eletrobras e à Caixa Econômica Federal. “Todas as atenções estavam voltadas para a Copa do Mundo. Agora se inicia o ciclo olímpico, e esse cenário vai melhorar”, aponta Cássio Roque, o presidente da Liga Nacional de Basquete.

Ao menos, a emissora não está impondo obstáculos. Diferentemente do que ocorre na Superliga de Vôlei, em que impõe a final em jogo único, a Globo concordou com a decisão em playoff de melhor de três jogos. “Conseguimos convencer a Rede Globo que o playoff faz parte da cultura do basquete”, diz Roque.

Segundo ele, a emissora se compromete a transmitir a segunda e a terceira partida das finais da competição. Além disso, o SporTV vai exibir no mínimo 60 partidas do campeonato.

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A tabela prevê jogos distribuídos por quatro dias da semana: terças, quartas, quintas e sextas. Às terças e sextas-feiras, a transmissão é do SporTV. Às quartas e quintas, os torcedores poderão acompanhar os jogos pela web.

Com uma organização melhor do que nos tempos do Campeonato Nacional, gerido pela Confederação Brasileira de Basquete, muitos jogadores brasileiros que estavam no exterior foram repatriados. Desde a primeira edição, já retornaram 54 jogadores – 14 deles saíram novamente.

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A liga atrai também estrangeiros, alguns de excelente nível, como Walter Herrmann, campeão olímpico em 2004 que disputou o Mundial deste ano, na Espanha, pela seleção argentina. Ele passou três temporadas na NBA, pelo Charlotte Bobcats e Detroit Pistons. Hoje, joga pelo Flamengo.

O pivô brasileiro Rafael Hettsheimeir, que jogou no Real Madrid e no Unicaja Málaga, aceitou proposta para defender Bauru. “Com o crescimento do basquete daqui e com a proposta do Paschoalotto/Bauru, que fica próximo da minha cidade (Araçatuba), não pensei duas vezes. Voltar para o Brasil, ficar próximo da minha família e com um elenco forte, foi o momento perfeito para voltar”, diz Rafael.

FORÇA RUBRO-NEGRA – Atual campeão, o Flamengo reforçou o seu grande favoritismo ao título do NBB 7 ao levantar a taça da Copa Intercontinental, com vitória sobre o campeão da Euroliga, o Maccabi Tel Aviv. “Acho que esse favoritismo é apenas teórico. A teoria é muito bonita, mas o que importa é a prática”, diz José Neto, treinador do Flamengo.

Bauru, que conta com Hettsheimeir, além de Alex e Larry Taylor (todos da seleção brasileira) e um dos melhores estrangeiros em ação no Brasil, Robert Day, surge no pelotão de aspirantes à final, ao lado do Winner/Limeira, Paulistano e Brasília. O jogo que abre o campeonato é a reedição da última final: o Paulistano recebe o Flamengo a partir das 19h.