São Paulo – Driblar adversidades é o que a paranaense Natália Falavigna, campeã mundial de tae kwon do (até 72kg), sabe tirar de letra. Mas revela estar frustrada com o cenário da sua modalidade.
Por falta de verba, Natália não teve chance de disputar o circuito europeu neste semestre. Ficou quatro meses sem competir fora do País, o que seria fundamental, segundo ela, para chegar bem preparada para defender seu título mundial, no fim de maio, em Pequim.
?A viagem para a China vai ser paga pela confederação, mas as outras viagens que estavam no calendário não saíram. Não deram muita explicação, só falaram que foi por falta de retorno financeiro. Tentei outros contatos, mas fiquei sem resposta. Faltou um cuidado maior para que eu soubesse por que eu realmente não fui?, lamenta Natália.
Outros dois atletas da equipe brasileira, Diogo Silva e Márcio Wenceslau, foram à Europa sem nenhuma condição. ?Eles foram sem dinheiro suficiente, para comer Miojo, sem saber onde dormir. Prefiro não arriscar… hoje estou numa posição em que tenho de chegar bem aos torneios, onde as adversárias estão me observando. Essas condições podem influenciar no resultado.?