Rio de Janeiro – Duas conquistas inéditas para o esporte brasileiro, em 2005, asseguraram a Natália Falavigna, do taekwondo, e ao judoca João Derly, na categoria feminina e masculina, respectivamente, os títulos da 7.ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, realizado na noite de ontem, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ambos atletas venceram pela primeira vez o troféu e, para chegar ao triunfo, superaram tanto adversários experientes na cerimônia, como a bicampeã Daiane dos Santos e o campeão Robert Scheidt, quanto os também novatos Laís Souza, da ginástica artística, e o atacante Giba, do vôlei.
A conquista do título mundial de taekwondo garantiu a Natália, de 21 anos, o destaque necessário para obter o reconhecimento do voto popular e do júri especializado. Em Madri, na Espanha, no mês de abril, ela surpreendeu ao ganhar a inédita medalha de ouro da categoria até 72 kg, no 17.º Campeonato Mundial da modalidade, que é pouco praticada no Brasil.
Já entre os homens, Derly, com a medalha de ouro no Mundial do Egito, na categoria meio-leve (até 66kg), em setembro, foi eleito o melhor do ano. Aos 24 anos, na final da competição na África, o gaúcho conseguiu derrotar o campeão olímpico Masato Uchishiba, do Japão, e deu um novo impulso à carreira após o drama vivido em 2002, com a suspensão por resultado positivo para exame antidoping em substâncias diuréticas.
Além dos dois principais vencedores, os 41 atletas que se destacaram em suas respectivas modalidades também subiram ao palco do Teatro Municipal para serem premiados. Os velocistas Ádria dos Santos e Antônio Delfino foram os melhores do movimento paraolímpico brasileiro. O técnico da seleção brasileira de ginástica artística, Oleg Ostapenko, recebeu o troféu por ter sido eleito o melhor treinador de 2005, desbancando o tricampeão Bernardo Rezende, o Bernardinho, do vôlei masculino.
Um dos momentos de maior emoção da noite foi a entrega do Troféu Hors Concours para o nadador paraolímpico Clodoaldo Silva e o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho.
