Reginaldo Nascimento é titular do Coritiba há muito tempo. No clube desde 1997, o capitão coxa não perdeu a posição no onze principal nas últimas quatro temporadas (em 2000, esteve emprestado ao Bahia). Mas nunca ele foi tão importante quanto agora. Transformado em quarto-zagueiro pelo técnico Antônio Lopes, Nascimento é indispensável. Fica clara a insegurança da defesa na sua ausência, como na partida contra o Atlético-MG.
Já fora assim contra o Atlético, no clássico realizado no início do mês. Miranda e Vagner sofreram para marcar os atacantes rubro-negros, e o segundo chegou a ser expulso após acertar Dagoberto. No sábado, frente ao Galo, os dois zagueiros jogaram a maior parte do tempo, pois Danilo se machucou ainda na primeira etapa. E ficaram de novo evidentes os problemas defensivos do Cori. E a falta que o capitão faz ao time.
Se você disser isso a Reginaldo Nascimento, ele chega a ficar constrangido, mas consegue ainda brincar. ?Parece que eu não preciso do futebol, mas que o futebol precisa de mim?, comenta, entre risos. Depois, mais sério, ele inverte a frase. ?Na verdade, eu é que preciso do futebol, e muito?, reconhece.
Mas ele, depois de insistir, acaba admitindo que faz falta ao Coxa. ?Eu tenho consciência da importância que tenho para o time. Acho que eu passo mais tranqüilidade aos garotos, e isso realmente ajuda?, diz Nascimento, lembrando da juventude da defesa que enfrentou o Atlético-MG – a média é pouco maior que 20 anos. ?Sem alguém mais experiente (Reginaldo está com 29), eles podem acabar sentindo?, completa.
Para Antônio Lopes, não há o que discutir, Nascimento não só é titular da defesa como, para o treinador, um dos melhores zagueiros do Brasil. ?Não há a menor possibilidade de eu tirar o Reginaldo da zaga?, comenta, quando perguntado sobre a possibilidade de o capitão alviverde voltar ao meio-campo contra o Palmeiras, sábado, no Palestra Itália, pela oitava rodada do campeonato brasileiro.
Fica claro que, na visão de Lopes, Reginaldo Nascimento é fundamental para o Coritiba. ?Eu fico feliz ao ver que estou colaborando. A minha intenção é ajudar o time, principalmente por causa dessa ligação que tenho com o clube, com a torcida?, afirma o agora zagueiro, que finaliza com alegria: ?Eu espero fazer ainda mais neste brasileiro, e tenho certeza que vamos disputar as primeiras posições logo, logo?.
Pepo, liberado, ainda passa por teste de campo
Se dependesse da intenção de Antônio Lopes, o Coritiba treinaria ontem como na segunda: com intensidade, em dois períodos, e se possível já começando a trabalhar na formação do time que enfrenta o Palmeiras no sábado. Mas a forte chuva que assolou Curitiba complicou seus planos, impedindo que o trabalho da tarde acontecesse como previsto. Mas, ao menos, o treinador teve uma boa notícia: Pepo está recuperado das dores musculares, e deve ser o substituto de Márcio Egídio.
Por enquanto, Lopes não pôde trabalhar com o imediato do volante. Pepo está fora desde o início da semana passada, por causa de uma contratura. A idéia inicial era testá-lo no campo ontem, mas como não houve jeito, o negócio foi colocá-lo na esteira para a avaliação. Sem sentir dores, o jogador foi liberado para trabalhar com bola. ?Como tem tempo para o jogo, acho que ele vai poder jogar no sábado?, afirma o técnico alviverde.
A preocupação era tanta que Antônio Lopes chegou a trabalhar Juninho para jogar como primeiro volante. ?Ele tem qualidade na saída de jogo, e chuta forte de média distância. É uma opção muito interessante para a função?, elogia o treinador. Outro jogador que poderia lutar pela vaga seria Cacique, mas com Pepo recuperado não há mais dúvidas na formação da equipe.