Herdeira da posição que Sheilla ocupou na seleção brasileira por mais de dez anos, a oposta Tandara cumpriu com sucesso sua primeira grande missão na equipe titular após a saída da veterana da seleção: ajudou a conduzir o time de José Roberto Guimarães ao título do Grand Prix, no fim de semana. Além disso, foi destaque individual na competição. Tudo isso não foi o suficiente para deixar a jogadora satisfeita. Tandara agora quer evitar as comparações com sua antecessora.

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“Sempre aprendi muito com ela, mas não sou a nova Sheilla. Sou a nova Tandara”, afirma a oposta da seleção e do Vôlei Nestlé. Sheilla deixou a seleção ao fim da Olimpíada do Rio-2016. Tandara, então, tornou-se sua sucessora natural na equipe de Zé Roberto. E, por já ter experiência e títulos na seleção, ajudou o treinador na renovação da equipe, ao lado de jogadoras como Natália e Adenízia.

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O processo de mudanças na seleção vem dando certo. Com Tandara e companhia, a seleção foi campeão do Torneio de Montreux e do Grand Prix. Para a oposta, seu amadurecimento vem acompanhando o crescimento desta nova seleção.

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“Acredito que o amadurecimento vem de acordo com o tempo. São oito anos defendendo a seleção brasileira adulta, sendo sete anos de aprendizado. Chegou a hora de colocar em prática tudo que assimilei nesse processo em prol do vôlei. Foi o que procurei fazer no Grand Prix, assumindo a posição de oposta”, avalia a jogadora, que não decepcionou no Grand Prix.

Na fase final, Tandara foi a segunda atacante mais eficiente, com 51,55% de aproveitamento em suas investidas. Foi a segunda também em pontos obtidos nesta fase. Anotou 89 pontos e só ficou atrás da sérvia Boskovic, com 100 pontos.

Tal desempenhou rendeu até expectativa para a oposta, que sonhava com o título de MVP do campeonato. O troféu acabou ficando com Natália. “Mais de um analista considerou que eu deveria ter sido escolhida como MVP. E ali, no pódio, eu meio que esperava receber alguma premiação. Digo isso, quero deixar bem claro, sem desmerecer a Natália, que é uma grande atleta”, pondera Tandara.

O troféu de melhor jogadora do Grand Prix já se tornou a nova meta da oposta para a próxima temporada. “Seguirei trabalhando e esperando esse reconhecimento. Enquanto ele não vem, vou me cobrar cada vez mais em busca da excelência em quadra”, afirma.

Antes disso, Tandara e a seleção terão pela frente o Sul-Americano, que será disputado entre os dias 15 e 19 de agosto, em Cali, na Colômbia. O campeão do torneio garante vaga no Mundial do próximo ano, no Japão. As brasileiras vão estrear contra a Argentina na próxima terça-feira, às 15 horas (de Brasília).