Não se sabe onde será o tênis do pan

São Paulo (AE) – Tricampeão de Roland Garros e ex-número 1 do mundo, Gustavo Kuerten tem planos de jogar o pan no Rio. Mas tudo vai depender de como estiver na época do torneio de tênis dos jogos, marcado para 15 a 22 de julho. Se sentir que pode jogar bem, pede um wild card (convite) e disputa a competição. As incertezas de Guga, porém, não são nada comparadas à indefinições da organização. Nem mesmo existe ainda uma sede – o Clube Marapendi, na Barra, não foi aprovado – e sequer houve também uma decisão sobre o tamanho das chaves.

A tendência no pan é de que sejam de 40 participantes nos torneios de simples, tanto no masculino quanto no feminino. Mas esse formato não é utilizado nem pela ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e nem pela WTA (Associação Feminina de Tênis).

Mas, a cerca de cinco meses para o início dos jogos, a escolha da sede do tênis parece ser o maior impasse. As quadras do Clube Marapendi não estão de acordo com as regulamentações internacionais. A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) levou o supervisor da ATP, Paulo Pereira, para uma inspeção e ficou constatado que o pequeno recuo – espaço entre a linha de base até a grade – não permite sequer a presença de juízes.

O Comitê Organizador dos Jogos (CO-Rio) tinha planos de fazer uma adaptação nas quadras do Clube Marapendi e buscar sedes secundárias, levando alguns jogos para academias da região, na Barra.

Essa logística, de várias sedes, não agradou em nada a CBT, que acredita que isso só acarretaria problemas e maiores despesas. A entidade está empenhada em construir um centro de treinamento, com cerca de 10 quadras, o que segundo o diretor Paulo Moriguti seria plenamente viável – há tempo suficiente para se fazer quadras de saibro – e ainda deixaria um legado para o tênis no Rio. Mas o projeto emperra na não-aprovação da cessão por período de dez anos de um terreno na Barra.

Independente do local, a chave de 40 participantes seria formada por três tenistas de cada país (mais um para duplas), de acordo com o ranking mundial: até a posição 300 no masculino e até 500 no feminino.

Dentro desta classificação, o Brasil tem como possíveis participantes entre os homens Ricardo Mello (127.º colocado no ranking mundial), Thiago Alves (131), Flávio Saretta (152), Marcos Daniel (160), André Sá (178), André Ghem (186), Rogério Silva (213), Júlio Silva (229) e Franco Ferreiro (240). Já Guga, atualmente na posição número 1.076, dependeria mesmo de um convite.

Entre as mulheres, as candidatas brasileiras são Jennifer Widjaja (206), Larissa Carvalho (242), Nanda Alves (293), Carla Tiene (298), Roxane Vaisemberg (447), Joana Cortez (451), Letícia Sobral (465) e Teliana Pereira (495).

Estão reservados ainda um total de 16 wild cards (convites), um número bem elevado – competições normais do circuito profissional de tênis dão de três a quatro -, com intuito de garantir a participação de um número maior de países. É o caso da América Central, onde praticamente não há tenistas entre os mil primeiros colocados do ranking mundial.

Desta cota, o Brasil teria seis convites. Mas, para definir os escolhidos, a CBT planeja fazer um torneio pré-pan exclusivo para brasileiros, mas a Confederação Pan-Americana quer abrir esta qualificação também para os estrangeiros.

A melhor participação do tênis do Brasil na história do pan foi nos jogos de 1963 – que foram em São Paulo. Os tenistas brasileiros conseguiram três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze.

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