A ameaça de Fred de organizar uma greve no Fluminense depois dos atos de violência protagonizados pela torcida do clube na última quinta-feira foi totalmente descartada pelo presidente Peter Siemsen. Nesta sexta, o presidente falou sobre a revolta demonstrada pelo atacante, manifestou apoio aos jogadores, mas disse que não há qualquer possibilidade de eles não entrarem em campo diante do Sport, domingo, no Maracanã, pelo Brasileirão.

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“Foi um excesso a agressividade, totalmente exagerado. Mas greve eu nem levo em consideração, não faz sentido, não há a possibilidade. A pressão da torcida infelizmente é natural no futebol brasileiro. É uma cultura errada, mas nem por isso se justifica falar em não entrar em campo, ter greve, porque na área pública tem polícia, segurança, na área privada a segurança do Fluminense protege os jogadores”, disse Siemsen em entrevista ao SporTV.

Na última quinta, a delegação do Fluminense chegou ao aeroporto, após a derrota de quarta para a Chapecoense, pouco depois das 15 horas. Pelo menos 15 torcedores, alguns identificados com camisetas de uma das torcidas organizadas, esperavam o desembarque e arremessaram moedas nos jogadores. Na saída, chutaram um carro e uma van com os atletas.

Prontamente, Fred se manifestou contra os atos em uma rede social. O atacante chamou os torcedores de “marginais, desocupados, bandidos, vagabundos”, classificou o episódio como “profundamente lamentável” e chegou a afirmar que a equipe poderia não entrar em campo domingo como forma de protesto.

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Siemsen tentou por panos quentes no ocorrido e na reação de Fred ao explicar o que aconteceu no aeroporto. “No aeroporto foi questão de logística. Alguns jogadores foram na frente, sabia-se que tinha torcedores, mas a grande maioria foi para o ônibus e saiu normalmente. Só os que foram na frente, sem proteção, receberam esses atos inaceitáveis.”

Para o presidente, a má fase vivida pelo atacante desde a Copa do Mundo tem sido um dos fatores que contribuem para a sequência ruim da equipe. “Acabou se tornando uma situação em que o time não consegue mais progredir com o futebol moderno, tático, avançado, e não tem conseguido resultados bons. A gente sabe que o resultado no Mundial criou pressão maior sobre o Fred e isso acabou potencializando a situação em que nos encontramos”, avaliou.

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Sobre os torcedores que protagonizaram o episódio de quinta, Siemsen prometeu tomar as atitudes cabíveis para puni-los. “É óbvio que o Fluminense está trabalhando na identificação. Quem for sócio vai ser punido, vamos avaliar o comportamento e pode ser excluído. Na área pública, a polícia está cuidando. O Fluminense vai trabalhar para que isso não volte a acontecer e que os agressores sejam punidos.”