A organização de Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada, realizou nesta sexta-feira, em Londres, o sorteio das chaves principais de simples e de duplas. Nele, o espanhol Rafael Nadal ficou em um lado da chave mais difícil que o sérvio Novak Djokovic, atual líder do ranking da ATP. O número 2 do mundo pode encarar nomes da nova geração do tênis, como o australiano Nick Kyrgios e o canadense Denis Shapovalov, o finalista de 2017, o croata Marin Cilic, e o suíço Roger Federer, terceiro da lista e dono de oito títulos na grama inglesa, nas semifinais.

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A estreia de Nadal será contra o japonês Yuichi Sugita, vindo do qualifying, enquanto que Federer iniciará a competição contra o sul-africano Lloyd Harris. O espanhol e o suíço se cruzaram em três finais seguidas em Wimbledon, entre 2006 e 2008, com dois triunfos do tenista da Suíça. Desde então, nunca mais duelaram entre si em Londres.

No outro lado da chave, Djokovic não deverá ter tanto trabalho como Nadal e Federer, mas a estreia pode ser perigosa, já que terá pela frente o veterano alemão Philipp Kohlschreiber, a quem venceu 10 vezes em 12 duelos até agora no circuito profissional. Outros nomes fortes no caminho do sérvio estão o grego Stefanos Tsitsipas, o sul-africano Kevin Anderson e o também alemão Alexander Zverev, este nas semifinais.

No torneio feminino, embalada pelo título em Roland Garros, a australiana Ashleigh Barty, que nesta semana assumiu o posto de número 1 do mundo pela primeira vez na carreira, caiu no lado da chave mais difícil. Nada menos que cinco campeãs em Wimbledon estão neste quadrante que termina nas semifinais: a espanhola Garbiñe Muguruza, a norte-americana Serena Williams, a russa Maria Sharapova, a alemã Angelique Kerber e a checa Petra Kvitova.

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Cabeça de chave 1, Barty abrirá campanha contra a chinesa Saisai Zheng e poderá cruzar já na segunda rodada contra a russa Svetlana Kuznetsova, ex-número 2 do mundo. Na terceira rodada, a australiana tem chances de encarar Muguruza, que abre campanha contra a brasileira Beatriz Haddad Maia, que entrou na chave após furar o qualifying.

Do outro lado da chave está a japonesa Naomi Osaka, número 2 do mundo e atual campeã do US Open e do Aberto da Austrália. Ela abrirá a campanha contra a casaque Yulia Putintseva e não deve ter dificuldades até as oitavas de final, quando pode encarar a dinamarquesa Caroline Wozniacki. Outras tenistas de renome são a romena Simona Halep, a bielo-russa Aryna Sabalenka, a checa Karolina Pliskova e a norte-amerivana Venus Williams, cinco vezes campeã em Wimbledon.

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BRASILEIROS – Além de Bia Haddad Maia, o Brasil será representado na chave de simples por Thiago Monteiro. Assim como a paulista, o cearense terá uma parada complicada pela frente na estreia. Seu primeiro rival será o japonês Kei Nishikori, cabeça de chave 8 do torneio, e o duelo será o primeiro entre eles no circuito profissional.

O vencedor do confronto irá desafiar na segunda rodada quem passar da partida entre o usbeque Denis Istomin e o britânico Cameron Norrie. Na sequência podem enfrentar o australiano Alex de Minaur (terceira rodada), o norte-americano John Isner (oitavas de final) e Federer (quartas).

Bia Haddad Maia também terá uma chave difícil caso avance em Wimbledon. Se passar por Muguruza, que não vive um bom momento na temporada, a brasileira jogaria diante da norte-americana Christina McHale ou a britânica Harriet Dart e teria até a chance de cruzar com Barty na terceira rodada.

Nas duplas, o Brasil terá três representantes. Cabeças de chave número 1, Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot terão pela frente logo na primeira rodada o alemão Jan-Lennard Struff e o japonês Bem McLachlan, que já conquistaram dois títulos juntos no circuito, um deles o ATP 250 de Auckland, na Nova Zelândia neste ano.

Estreando a parceria com o croata Mate Pavic em Grand Slam, Bruno Soares forma a quarta dupla mais bem cotada ao título e desafia na estreia os holandeses Matwe Middelkoop e Sander Arends. Por fim, Marcelo Demoliner e o indiano Divij Sharan enfrentarão logo de cara os atuais campeões de Roland Garros, os alemães Kevin Krawietz e Andreas Mies.