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Nadal se emociona com homenagens após 10ª conquista: ‘Sensação indescritível’

Rafael Nadal alcançou mais um feito histórico em sua já consagrada carreira neste domingo, em Paris, ao erguer pela décima vez o troféu de Roland Garros. Nunca na história do tênis masculino ou feminino alguém havia vencido o mesmo torneio de Grand Slam tantas vezes assim.

Emocionado pelo feito inédito e pelas inúmeras homenagens recebidas ainda em quadra, o tenista espanhol tentou verbalizar o que estava sentindo. “Trato de jogar o melhor possível em cada torneio, mas a sensação aqui é indescritível”, disse.

“É impossível comparar este lugar com outro. A tensão, a adrenalina que sinto na quadra são incomparáveis com outras sensações. É sem dúvida nenhuma o torneio mais importante da minha carreira”, prosseguiu.

Nadal atropelou o suíço Stan Wawrinka na decisão deste domingo por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/1, em 2h05 de partida. Foi seu 15.º troféu de Grand Slam, ultrapassando Pete Sampras, lendário ex-tenista norte-americano que tem 14 taças desta série os quatro torneios mais importantes do circuito profissional. Após a vitória, a organização do torneio montou na quadra um palco especial com o número 10 estampado em alusão ao número de conquistas do espanhol.

Em uma das arquibancadas, três grandes bandeiras foram erguidas. Uma novamente com o número 10, a segunda com a frase “Bravo Rafa” e a terceira com a imagem do troféu, a tradicional Taça dos Mosqueteiros.

Taça esta que Nadal recebeu ainda em quadra uma réplica para levar para casa. O troféu de Roland Garros, assim como o de todos os outros Grand Slams, não são dados para o ganhador do torneio. Ele fica com a organização e viaja de país em país para divulgar a competição. Para se ter uma ideia de sua importância, a taça do torneio de Paris viajou de classe executiva para o Brasil neste ano.

O técnico de Rafael Nadal, seu tio Tito Nadal, comentou que o sabor especial por essa conquista se deve a satisfação de o tenista ter conseguido superar grandes problemas físicos nos últimos tempos. O espanhol atuou pouco na temporada passada e sua última conquista em Paris havia acontecido em 2014.

“Tinha gente que dizia que Rafael nunca ganharia nada, que estava acabado, e entendo esses comentários. Mas é importante demonstrar que com esforço e dedicação se pode voltar a conseguir coisas”, comentou.

Wawrinka também se rendeu ao espanhol, que venceu Roland Garros este ano sem perder um set sequer. “Não tenho o que dizer hoje. Nadal jogou bem demais. Só tenho que agradecer o que ele tem feito pelo tênis. Meus parabéns”, afirmou.

Nadal perdeu apenas 35 games no torneio deste ano. No total, ele ostenta 79 vitórias e apenas duas derrotas no Grand Slam de Paris. E se for levado em conta os jogos disputados no saibro na melhor de cinco sets em sua carreira, o espanhol possui 102 triunfos e somente dois tropeços.

Na decisão contra Wawrinka, ele ganhou os 12 games que sacou, se salvou de um único break point e cometeu apenas 12 erros não forçados. No ponto decisivo, no qual Warinka mandou a bola na rede, Nadal se jogou na quadra em um gesto já tradicional do maior vencedor no saibro de Paris.

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