Semanas após levantarem a possibilidade da realização de uma greve entre os tenistas por conta do extenso calendário da ATP, o espanhol Rafael Nadal e o escocês Andy Murray voltaram atrás. Os dois jogadores minimizaram a chance do protesto ocorrer, já que seria difícil reunir os principais nomes do tênis mundial para formular uma reclamação.
Murray havia apontado que uma reunião deveria acontecer durante o Masters 1000 de Xangai, mas as desistências de Roger Federer e Novak Djokovic impossibilitaram o encontro. Assim, o britânico admitiu que combinar as agendas para que esta conversa possa ser realizada será difícil.
“Acontecendo ou não, é uma coisa difícil de fazer porque há muitos jogadores para coordenar e algumas vezes os caras não vão para o mesmo torneio”, declarou. “Jogadores de tênis não são as pessoas mais fáceis de se encontrar quando não estão disputando torneios”, completou.
Já Nadal, apontou que este não é o momento correto para uma conversa sobre o próximo passo a ser dado. “Há algo ali, mas não é o momento certo de falar sobre isso. É sempre melhor falar sobre coisas que você sabe exatamente como acontecerão e quando você sabe exatamente o que vai fazer”, apontou.
O espanhol e o escocês, além do norte-americano Andy Roddick, têm sido os principais líderes dos protestos contra o calendário da ATP. Eles afirmam que o excesso de torneio têm prejudicado a forma física dos jogadores. Como resultado, em novembro do ano passado, a entidade aumentou de cinco para sete semanas o período de pré-temporada dos tenistas, o que parece não ter sido suficiente, já que durante este ano diversos jogadores têm sofrido contusões por exaustão.