O presidente da Uefa, Michel Platini, advertiu sobre os perigos do nacionalismo e da violência no futebol europeu. O aumento do extremismo na sociedade europeia é “um comportamento prejudicial que também pode ser visto nos estádios”, disse, nesta terça-feira, durante o Congresso da Uefa, em Viena, onde foi reeleito para um terceiro mandato de quatro anos no comando da entidade.

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Platini, que viu do campo a tragédia do Estádio de Heysel em 1985, quando jogava pela Juventus, disse que recentes incidentes de violência ressuscitam “certas imagens que pensava ser coisa do passado”. “Nós precisamos de punições mais graves nos estádios europeus, e, volto a repetir, da criação de uma polícia esportiva europeia”, acrescentou o ex-jogador francês.

No seu discurso, Platini reservou as palavras mais fortes para falar sobre incidentes de violências nos estádios. Ele se referiu a um retorno “aos dias nefastos de um passado não tão distante, em que os hooligans e todos os tipos de fanáticos faziam o que queriam em determinados estádios europeus”.

“Alguns de nós vivemos esse passado na própria carne. No meu caso, foi exatamente há 30 anos”, indicou Platini, que marcou o único gol da vitória da Juventus por 1 a 0 sobre a Juventus na final da Copa dos Campeões (a atual Liga dos Campeões), em Bruxelas, numa partida que ficou ofuscada pela morte de 39 torcedores no estádio.

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