O balanço no vermelho é a marca registrada da Terceirona do Paranaense. Diversos clubes de empresários chegaram a alegar inscrição por obrigatoriedade, para não perder o registro na Federação Paranaense de Futebol. A entidade afirma que age pela valorização do esporte no Estado e chega a atacar a Lei Pelé.
Na 1.ª fase, apenas sete jogos do torneio não terminaram em saldo negativo nos borderôs – para pagar despesas com equipe da FPF e árbitros. A média de renda é negativa. Os dois Grêmios de Maringá – Metropolitano e GEM -, mais o Júnior Team, impulsionam a média de público de 130 pagantes. Somente o trio conseguiu levar aos estádios um público superior a 500 pessoas. Fora o Iguaçu de União da Vitória, que ainda consegue levar cerca de 200 pessoas aos seus jogos, e o Grecal, com seus poucos mais de 100 seguidores, o público é um desastre na Terceirona. A decadência nas arquibancadas começa no recorde de 41 espectadores vendo um jogo do Andraus em São José dos Pinhais e termina em 13 jogos sem torcida alguma nos estádios.
Bom exemplo
Sem torcida própria, e jogando em Rolândia, o Londrina Júnior Team ainda tem seus borderôs no vermelho. No entanto, a diretoria do clube ao menos está aproveitando a Terceirona para fazer ação social e, quem sabe, conquistar alguns torcedores na cidade vizinha.
Mandando jogos no Erick George, para fugir do aluguel do Estádio do Café, o Júnior Team está doando 500 ingressos para entidades como APAE, igrejas e creches de Rolândia. Tal fato faz que o clube tenha conseguido ter sempre acima de 400 pessoas em seus jogos. “Eles só nos pagam os 15 centavos de cada ingresso referentes ao seguro obrigatório dos torcedores. É uma forma de mostrarmos nossa cara na cidade e, quem sabe, conquistar simpatizantes”, explica o gerente de futebol do Júnior Team, João Severo.