A defesa de José Maria Marin apresenta nesta terça-feira à Justiça da Suíça os argumentos contra a extradição do ex-presidente da CBF para os Estados Unidos. Os advogados vão se basear principalmente em dois pontos: as provas contra o dirigente são frágeis porque existe apenas uma gravação em que seu nome é citado; ele não é acusado de crime algum na Suíça, portanto não é justo estar preso no país.
Marin está preso desde 27 de maio, acusado de ter recebido propina em contratos envolvendo a negociação dos direitos de transmissão de edições da Copa América e da Copa do Brasil. Os Estados Unidos pedem a sua extradição para processá-lo.
A Justiça da Suíça deve se pronunciar sobre o pedido dos norte-americanos até o próximo dia 25. Se tiver os argumentos rejeitados, a defesa de Marin poderá recorrer a duas outras instâncias no judiciário do país europeu, o que fará com que o caso se arraste até pelo menos o final do ano.
O cartola prefere ficar na Suíça. A Justiça dos Estados Unidos chegou a acenar com um acordo de delação, mas a negociação não evoluiu.