Ao escolher os 11 jogadores que entrarão em campo nesta terça-feira contra a Bósnia-Herzegóvina, às 16 horas (de Brasília), em amistoso na cidade de St. Gallen, na Suíça, o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, inaugura uma nova fase de seu trabalho, marcada pela maior pressão por resultados. A menos de seis meses dos Jogos Olímpicos de Londres e a dois anos e meio da Copa do Mundo, o treinador precisa começar a definir o grupo com o qual vai encarar os dois desafios, apontando o caminho das vitórias para uma equipe que ainda não convenceu. Se as incertezas ainda são muitas, duas referências técnicas do time parecem definidas: Neymar e Ronaldinho Gaúcho.

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Nesta segunda, em sua única entrevista antes do treino realizado a zero grau na arena AFG, em St. Gallen, Mano Menezes reconheceu que a seleção agora caminha contra o tempo. “Mas não adianta reclamar. A seleção sempre passou por isso”, ponderou. Segundo ele, a “modificação radical” do grupo em relação à equipe que foi à África do Sul fez com o rendimento inicial fosse prejudicado. Por isso a preocupação em aproveitar todos os momentos, como o jogo desta terça contra a Bósnia-Herzegovina. “Quando estivermos reunidos, como estaremos nos Estados Unidos na metade do ano, teremos de saber tirar proveito desses momentos raros”.

Sobre a missão de montar dois times, um com apenas três jogadores com mais de 23 anos, para a Olimpíada, e outro com força máxima para a Copa, Mano Menezes não lamentou, pelo contrário. Para ele, um será derivado do outro. “A seleção que vai disputar a Olimpíada vai ser formada por um número bastante grande de jogadores que vai estar na Copa do Mundo de 2014. Por isso é uma parte importante da programação”, disse ele, sem ignorar a pressão. “Tenho ouvido que a Olimpíada pode significar um desgaste para o técnico. Mas decidi encarar essa responsabilidade porque acho que é uma parte importante da preparação para 2014. Uma é a sequência da outra”.

PRESSÃO – De forma discreta, o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, colocou Mano Menezes na obrigação de apresentar um time consistente e obter resultados. Falando aos jornalistas nesta segunda, na concentração da equipe, no hotel Säntispark, o ex-presidente do Corinthians deixou claro que a pressão tende a aumentar. É hora de evoluir das experiências para as certezas sobre quem vai vestir a amarelinha daqui para a frente.

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Sobre a maior pressão por resultados, nem todos os jogadores se mostram preocupados. Neymar, estrela do time, conta com seus companheiros mais velhos e experientes o ajudam a contornar a cobrança. “Pressão eu acho que não (tem) porque o Mano nos deixa à vontade”, disse. “Os jogadores mais experientes conversam bastante para que a gente se sinta mais à vontade”.