O Dia Internacional das Mulheres será especial para boa parte das poucas velejadoras brasileiras de alto rendimento. Elas estão participando da Copa Brasil de Vela, em Porto Alegre, e, exceção às cinco inscritas na classe RS:X Feminina, todas competem diretamente contra homens.

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O caso mais curioso é na 49er. Campeãs olímpicas, Martine Grael e Kahena Kunze formam o único barco feminino inscrito na 49er FX. Por isso, elas participam das regatas contra os homens da 49er, entre eles Robert Scheidt, parceiro de Gabriel Borges e Marco Grael, irmão de Kahena, proeiro de Carlos Robles.

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“Aqui em Porto Alegre, estamos correndo com homens. Tomando este exemplo, diria para as mulheres nunca deixarem de fazer nada do que querem. O gênero não importa”, disse Martine. “Nós, mulheres, somos guerreiras. Batalhamos e, independentemente do resultado, somos vitoriosas”, acrescentou Kahena.

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Martine e Kahena aparecem no terceiro lugar da classificação geral depois de cinco regatas. A liderança é de Carlos e Marco, com Scheidt e Gabriel em segundo. A competição tem apenas cinco barcos na 49er, entre eles o de Nicholas Grael, filho de Lars – e primo de Martine e Marco -, último colocado.

A presença de poucas mulheres é uma marca desta edição da Copa Brasil de Vela, o campeonato brasileiro da modalidade. Na 470, só quatro barcos femininos se inscreveram, sendo um deles argentino, contra sete dos homens brasileiros. Todos competem juntos e a dupla olímpica Fernanda Oliveira/Ana Barbachan aparece em terceiro, depois dos líderes Geison Mendes/Gustavo Thiesen e de uma dupla argentina.

Na 420, classe de formação da 470, os sete barcos inscritos são de homens. O mesmo vale para a 29er, base para a 49er. Na Laser Radial, que na Olimpíada é uma classe feminina, a francesa Marie Bolou lidera, com Gabriella Kidd em terceiro. Entre 14 inscritos, são só quatro mulheres.