Na reestreia de Muricy, Rogério Ceni exalta Autuori

A partida que marcou a reestreia de Muricy Ramalho no comando do São Paulo, quinta à noite, marcou também a primeira oportunidade de o goleiro e capitão Rogério Ceni falar com a imprensa depois da demissão de Paulo Autuori, na segunda-feira. E o máximo ídolo são-paulino aproveitou para, após o triunfo de 1 a 0 sobre a Ponte Preta, exaltar a carreira e o trabalho do treinador demitido, aproveitando inclusive para criticar a diretoria, que ele sempre apoiou.

“”Na era pós-Telê Santana passaram por aqui os dois maiores técnicos que o time teve. Paulo Autuori e Muricy Ramalho não são caras pra ficar dois meses no São Paulo. Um cara botou mais uma estrela no peito do clube, o outro é o único tricampeão brasileiro por um único time. São caras especiais. Nós perdemos o Paulo, então espero que a gente possa ficar com o Muricy mais”, afirmou o goleiro.

Ceni aproveitou a comparação com Muricy Ramalho, anunciado como novo técnico do São Paulo minutos após Paulo Autuori ser demitido, para pedir que com o tricampeão haja mais respeito. “Telê morreu, nós matamos o Autuori e restou o Muricy. Precisamos preservar. Se não cuidarmos dele, quem vai ser o próximo? Vai ter de começar do zero”, disse o capitão, que sequer teve a chance de se despedir de Autuori, um dos ídolos da história do clube, demitido sem sequer conceder entrevista coletiva.

“A vinda do Paulo foi um resgate de coisas que tínhamos deixado para trás. O resgate moral que o Paulo trouxe à instituição é algo que, de coração, eu gostaria de agradecer. Se o São Paulo ressurgiu, se eu posso ter ressurgido, agradeço ao Paulo. E que a gente tenha o carinho pelo Muricy que talvez a gente não teve pelo Paulo”, declarou Ceni, que não deixou de lembrar que dois pênaltis por ele perdidos (contra Portuguesa e Criciúma) talvez tivessem mudado a história de Autuori no clube.

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