A estreia do técnico Jesualdo Ferreira não foi como o torcedor do Santos imaginava. Com apenas 12 dias de trabalho, o português até conseguiu se descolar do estilo de jogo do antecessor, o argentino Jorge Sampaoli, como desejava, mas apresentou um futebol pouco convincente no empate com o Red Bull Bragantino por 0 a 0, nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, na estreia pelo Campeonato Paulista.

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Apesar do tropeço em casa, o Santos se posiciona na liderança do Grupo A, já que Ponte Preta, Água Santa e Oeste foram derrotados na primeira rodada. O próximo compromisso será na segunda-feira, dia 27, contra o Guarani, no Brinco de Ouro, em Campinas.

O torcedor do Santos notou em poucos minutos diferenças entre o time de Jesualdo em relação ao do ano passado. A equipe perdeu um pouco da agressividade na marcação, sem pressionar tanto no campo ofensivo. Por outro lado, ganhou em organização, sem conceder muito espaço para o adversário.

A transição era um pouco mais lenta, sempre começando com o volante Alison, que recuava entre os zagueiros para tirar o time lá de trás. A bola ia de um lado para outro, de pé em pé. Marinho era o responsável por tentar mudar o ritmo do jogo pela direita. Era muito pouco.

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Ainda sem todos os reforços contratados pelo aporte financeiro da Red Bull, o Bragantino nitidamente tinha como preocupação primordial se defender na Vila. De posse da bola, o time buscava sair rápido, principalmente com Artur, comprado do Palmeiras por R$ 25 milhões, nas costas de Felipe Jonatan.

O bom posicionamento defensivo do Santos, fruto da melhor organização com Jesualdo, no entanto, forçava os chutes de fora da área, o que facilitou o trabalho de Everson. Não à toa, o primeiro tempo terminou sem grandes chances. A melhor delas foi em uma cobrança de falta de Sánchez, aos 45 minutos, que Júlio César espalmou.

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Para o segundo tempo, Jesualdo trocou o garoto Kaio Jorge por Raniel. Antes de entrar no gramado, no túnel de entrada do vestiário, o treinador ainda conversou com o atacante, indicando qual seria o seu posicionamento em campo. O Santos saiu do 4-3-3 para o 4-4-2, com o estreante formando dupla com Eduardo Sasha.

A alteração não deu resultado. Com o crescimento do Bragantino, o técnico português já mexeu na equipe com 17 minutos, retornando ao esquema do primeiro tempo ao substituir Sasha por Arthur Gomes. Do outro lado, Vinícius Munhoz respondeu com Thonny Anderson, outro reforço, e foi mais assertivo. Do pé do estreante saiu uma ótima jogada, mas Ytalo parou em Everson. Pouco depois, novamente Ytalo acertou uma finalização no travessão.

O Santos sentiu muito o aspecto físico e, apesar de tentar agredir, principalmente depois das entradas de Arthur Gomes e Derlis González, não conseguiu levar muito perigo ao gol do Bragantino. A queda de rendimento fez o torcedor, em alguns momentos, demonstrar um pouco de insatisfação com o time.

O empate sem gols acabou sendo condizente com o futebol demonstrado pelas equipes neste primeiro jogo da temporada.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 0 X 0 RED BULL BRAGANTINO

SANTOS – Everson; Pará, Luiz Felipe, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison; Diego Pituca e Carlos Sánchez; Marinho (Derlis González), Kaio Jorge (Raniel) e Eduardo Sasha (Arthur Gomes). Técnico: Jesualdo Ferreira

RED BULL BRAGANTINO – Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar; Barreto (Vitinho), Uillian Correia e Claudinho (Morato); Artur, Ytalo e Bruno Tubarão (Thonny Anderson). Técnico: Vinícius Munhoz.

ÁRBITRO – Raphael Claus.

CARTÕES AMARELOS – Carlos Sánchez, Ligger, Edimar, Barreto, Artur.

PÚBLICO: 12.412

RENDA: R$ 511.705,00

LOCAL – Vila Belmiro, em Santos (SP).