Renê Weldt, que fazia dupla com Fedato na zaga alviverde, participou do elenco coritibano de 1945 a 1951. Antes de atuar pelo Coritiba defendeu o paulista Comercial e o Palestra Itália, de Curitiba. Durante sua estada no Coxa foi bicampeão (1946 e 1947) e, embora, não tenha marcado gols com a camisa verde e branco, é lembrado pelo respeito com o qual tratava os adversários.
“Naquela época nós jogávamos futebol de verdade, hoje ele é feio”, revelou ao referir-se ao contato físico e “puxões de camisa”, atualmente, tão comuns durante as partidas. “Mesmo entre os jogadores do Coritiba e Atlético, o clima era de amizade. Não havia rivalidade”, confessou Renê ao admitir que vencer o Atlético era uma das maiores glórias para os coxas-brancas.
Dentro dos portões do Estádio Belfort Duarte, a relação entre os atletas não era diferente. Os zagueiros Renê e Fedato, juntamente com o goleiro Nivaldo, formavam um intrépido grupo de amigos. Quando em campo, o goleiro costuma gritar para os companheiros no momento em que a bola vinha em direção ao gol alviverde: “deixa que eu busco a bola onde for”.
Quando saiu do Coritiba, para casar-se, Renê se manteve longe dos gramados por pouco tempo. A convite de um parente, foi jogar do Vasco e, posteriormente, no Botafogo. Nem mesmo depois de encerrar sua carreira o zagueiro largou as chuteiras. “Formamos uma seleção máster entre jogadores do Coritiba, Ferroviário e Atlético”, orgulha-se Renê que, aos 84 anos, ainda disputa “peladinhas” pelo Clube Mercês, do qual foi presidente. Hoje, Renê se lembra com extremo carinho dos anos de Coritiba e da torcida sempre presente: “mesmo quando perdia, a torcida comparecia no próximo jogo”.
Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.