A marca do pênalti. É um lugar bem pequenininho na imensidão de um campo de futebol. Mas foi ali, daquela marca, que surgiram os heróis e os vilões de uma semifinal emocionante, que terminou com a classificação do Atlético para a final do Campeonato Paranaense. Perdeu para o Paraná Clube por 1×0, neste domingo (24), na Vila Capanema, mas venceu nos pênaltis por 4×2 e vai para a decisão contra o Coritiba – começando no domingo, 1º de maio, às 16h, na Arena da Baixada.

continua após a publicidade

A partida – os noventa e tantos minutos, quero dizer – foi muito nervosa. Os times erraram muito, mais o Furacão que o Tricolor. O domínio tático era dos mandantes (assim como foi dos mandantes no jogo de ida). E a diferença técnica era a melhor participação de Válber e principalmente Nadson, que aproveitou uma bobeada de Paulo André e Thiago Heleno para abrir o placar. A Vila tremeu.

Mas o Paraná, mesmo dominando, não conseguia criar. E o Atlético, ao perder Vinícius ainda com sete minutos de jogo, também tinha dificuldades pelo meio. As chances apareciam nas falhas. Se Sidcley errava, Robson quase marcava o gol da classificação. Se Anderson Uchôa perdia a bola, era Marcos Guilherme quem tinha a chance de evitar os pênaltis.

Havia muita correria, muita emoção, mas pouco futebol. O nervosismo atrapalhava os jogadores. Ficavam evidentes o cansaço e o desgaste emocional. Toda hora alguém caía com cãibras. Nikão e Nadson (este o melhor em campo) saíram esgotados. Claudinei Oliveira pensou em tirar Lúcio Flávio, o atacante não quis sair.

continua após a publicidade

Aí Otávio derrubou Válber e foi expulso. Com onze contra dez, imaginava-se uma pressão tricolor. Mas ela não aconteceu. Os times estavam no limite do esforço e ninguém reclamou da decisão nos pênaltis. Que começou com Marcos defendendo o pênalti de André Lima – seria ele o personagem da semifinal? Bem que ele merecia.

Só que depois o Paraná começou a errar. Nei bateu mal, Weverton defendeu. Depois veio Lúcio Flávio. Ele, que tinha perdido dois pênaltis na Copa do Brasil, foi confiante – tinha pedido para ficar, tinha pedido para bater. Tentou acertar o ângulo, acertou a trave. O lateral e o atacante viraram os vilões involuntários. E coube a um reserva, Hernani, a responsabilidade de cobrar o último pênalti. Gol. Festa rubro-negra na Vila Capanema. Atlético na final.

continua após a publicidade

De joelhos! Veja a opinião de Mafuz sobre o Atlético!