A vitória do Seattle Seahawks no Super Bowl, na qual o inédito campeão anulou a equipe de melhor ataque da NFL ao vencer o Denver Broncos por 43 a 8, na noite deste domingo, no Estádio MetLife, em New Jersey, serviu para consagrar o time de melhor defesa da liga nacional de futebol americano. Como resultado desta surpreendente superioridade diante de um adversário de tamanho poderio ofensivo, Malcolm Smith foi eleito o MVP (jogador mais valioso) do Super Bowl e quebrou um tabu de 11 anos no esporte mais popular dos Estados Unidos.
Desde 2003 um jogador de defesa não recebia este prêmio. Há 11 anos, o safety Dexter Jackson faturou a honraria na vitória do Tampa Bay Buccaneers sobre Oakland Raiders no Super Bowl. Essa também foi apenas a oitava vez em 48 anos que um defensor foi eleito o MVP do jogo mais importante do futebol americano.
Malcolm Smith, por sinal, foi apenas o terceiro linebacker a se tornar um MVP, o que antes apenas Ray Lewis, do Baltimore Ravens, em 2001, e Chuck Howley, do Dallas Cowboys, em 1971, conseguiram. Ao receber o troféu MVP, o jogador ressaltou: “Este prêmio representa o estilo do nosso ataque (baseado no contragolpe) e estou aqui como representante da nossa defesa”.
O herói do Seahawks acabou consagrado após ser decisivo com uma interceptação, um touchdown e um fumble. A sua interceptação praticamente definiu o jogo por ter ocorrido quando faltavam pouco mais de três minutos para o fim do primeiro tempo. Ele bloqueou um passe do astro Peyton Manning, do Broncos, e correu 69 jardas para fazer um touchdown e garantir ao seu time a confortável vantagem de 22 a 0, depois do field goal que assegurou o ponto extra.
“Somos um grupo magnífico de companheiros. Nos damos bem, nos apoiamos mutuamente e todos remamos juntos”, enfatizou Smith, com apenas três anos de experiência na NFL, fazendo história também para Seattle, que não tinha um time campeão de um liga importante de um esporte nos Estados Unidos desde 1979, quando o Seattle Supersonics se sagrou vencedor da NBA.