Após a novela entorno de sua contratação, agora é a apresentação do atacante Adriano pelo Corinthians que tem incomodado os dirigentes do clube. Depois de muitos espaços serem cogitados e da desistência em realizá-la na última terça-feira, por conta da festa para a chegada de Luís Fabiano no São Paulo, nesta quarta foi a vez de o Museu Paulista da USP, conhecido como Museu do Ipiranga, ser vetado como palco do evento no qual o clube pretendia apresentá-lo.
A ideia era aproveitar o apelido do jogador, Imperador, e fazer uma relação direta com a localização do museu, construído às margens do rio do Ipiranga, onde o imperador D. Pedro I declarou a independência do Brasil.
“Houve um grande mal entendido. A equipe que estava tratando desse evento não nos procurou com antecedência. Se tivesse procurado, já teríamos avisado de que não poderia ser feito um evento desse tipo aqui”, declarou a professora Cecilia Helena Salles Oliveira, diretora do Museu do Ipiranga, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN.
“Aqui é um ponto turístico belíssimo, imperdível da cidade. Tem um perfil de ciência, cultura, que não permite que existam determinados tipos de evento aqui dentro. Por outro lado, há uma questão técnica. O nosso saguão é ocupado por acervos, o prédio tem 120 anos. Todo ele é preparado para ser museu e tem espaços que não permitem uma coletiva de imprensa com tantos jornalistas, equipamentos e com a enorme torcida que o Corinthians possui”, afirmou.
A diretora ainda revelou a demora na procura por parte do Corinthians. De acordo com ela, apenas nesta quarta pela manhã, Alexandre Watanabe, assistente de marketing do clube, foi ao museu tentar viabilizar a liberação do local para apresentação de Adriano.
“Também fiquei muito aborrecida porque hoje na imprensa estava estampado que bastava uma resposta do museu (para que a apresentação fosse confirmada no local), mas o museu não havia sido sequer consultado. Vieram falar comigo hoje (quarta-feira) cedo”, concluiu.