Andy Murray se tornou, neste sábado, mais uma baixa de peso para esta edição do US Open, Grand Slam que começa na segunda-feira, em Nova York. O tenista britânico anunciou que não jogará o importante torneio norte-americano por causa da lesão no quadril que vem o atrapalhando desde antes de sua participação na edição passada de Wimbledon.

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O escocês era o segundo cabeça de chave deste último Grand Slam da temporada, mas se viu obrigado a desistir de jogar o grandioso evento no complexo de Flushing Meadows e ampliar o seu estaleiro fora das quadras. Ele não disputa uma partida desde o dia 12 de julho, quando foi surpreendido pelo norte-americano Sam Querrey nas quartas de final de Wimbledon, então ao sucumbir em uma partida de cinco sets na qual sofreu bastante com as dores no quadril.

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Naquela ocasião, Murray defendia a condição de atual campeão do Grand Slam inglês. E agora o britânico lamentou o fato de que não conseguiu se recuperar a tempo de poder jogar o US Open. “Fiz todo o possível para poder estar em condições de competir aqui e estive fora de atividade por várias semanas depois de Wimbledon. Desde então tenho me consultado com vários especialistas de quadril. Tratei de descansar e me recuperar para poder chegar aqui”, afirmou o atual vice-líder do ranking mundial, emocionado, durante entrevista coletiva em Nova York.

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Foi justamente no US Open, em 2012, que Murray conquistou o primeiro dos seus três títulos de Grand Slam. E o abatimento do britânico se deve também ao fato de que o tenista estava confiante de que poderia fazer o seu retorno às quadras no grande evento nos Estados Unidos. “Vinha treinando bem durante os últimos dias, mas sinto muita dor para poder (ter chances de) ganhar o torneio. E isso é o que, no fim das contas, o que você quer buscar”, completou, resignado.

Murray revelou neste sábado que as dores no seu quadril começaram a aparecer no jogo em que foi derrotado pelo suíço Stan Wawrinka nas semifinais de Roland Garros, em junho passado, em Paris. E, com a voz entrecortada durante certo momento da coletiva de imprensa deste sábado, ele ressaltou que decidirá “nos próximos dias” se vai encerrar a sua temporada por causa da insistente lesão.

Anteriormente, o britânico já havia lidado com problemas no quadril durante a sua carreira, mas nunca os mesmos provocaram uma ausência tão prolongada no circuito profissional. E ele reconheceu que o fato de não ter parado por mais tempo para tratar do problema acabou colaborando para agravar a lesão.

FESTIVAL DE BAIXAS – Ao anunciar sua desistência, Murray se juntou a uma série de tenistas de peso que também desistiram deste US Open por motivo de lesão. Os outros foram Wawrinka, o sérvio Novak Djokovic, o japonês Kei Nishikori e o canadense Milos Raonic. Entre eles, o suíço não poderá defender o status de atual campeão depois de ter sido submetido recentemente a uma operação no joelho esquerdo.

Batido por Wawrinka na final de 2016 em Nova York e dono de 12 títulos de Grand Slam, Djokovic vem sofrendo com dores recorrentes no cotovelo direito. Nishikori, vice-campeão do US Open em 2014, está sendo prejudicado por uma lesão no punho direito, enquanto Raonic, finalista de Wimbledon em 2016, desistiu de jogar nos Estados Unidos por causa de um problema no punho esquerdo.

Desta forma, cinco dos atuais 11 primeiros colocados do ranking da ATP estarão fora desta edição do Grand Slam norte-americano. O fato também serviu para aumentar o favoritismo do espanhol Rafael Nadal e do suíço Roger Federer, respectivos primeiro e terceiro cabeças de chave em Nova York. Apenas um deles, porém, poderá estar presente na decisão do título, pois os dois lendários jogadores figuram do mesmo lado de uma das chaves e a progressão dos dois prevê um provável confronto entre os dois nas semifinais.

CILIC VIRA O CABEÇA 2 – Com a desistência de Murray, o croata Marin Cilic, atual vice-campeão de Wimbledon e listado anteriormente como quinto cabeça de chave, passará a ocupar a condição de segundo pré-classificado no lugar do britânico. Já Sam Querrey, que figurava apenas como o 17º favorito, foi o maior beneficiado com esta mudança ao saltar para o posto de Cilic como cabeça 5, em alteração que seguiu critérios adotados pela organização do US Open.