Muricy Ramalho pouco falou sobre o empate com o Botafogo após o término da partida deste domingo, resultado que fez o Fluminense perder a liderança para o Corinthians. Sincero, o treinador respondeu tudo o que foi perguntado sobre sua permanência no clube. E reconheceu: recusar a seleção brasileira foi uma decisão difícil.
“Não é fácil recusar um convite desse. Mas dependia do Fluminense”, enalteceu o treinador, afirmando que apenas respeitou a decisão do clube. “Escolhi o caminho do respeito, isso não é comum no nosso País. Se amanhã o Flu me manda embora, o azar é deles. Preciso respeitar porque há uma torcida, um clube, uma diretoria, e não se pode passar por cima disso”.
O treinador ainda fez questão de ressaltar que em nenhum momento disse não para a CBF. “Eu não disse não para a seleção. O Fluminense, com quem tenho um compromisso, não me liberou”. E reiterou que aceitou a decisão tomada pelo Fluminense. “Eu poderia fazer uma pressão, mas não é minha linha de trabalho. Deixei para eles decidirem e não me liberaram. Acertamos por dois anos e meio na palavra”.
Sobre o novo treinador da seleção brasileira, Muricy foi só elogios. “Eu e o Mano moramos no mesmo flat no Rio Grande do Sul. A gente conversava muito, se respeita muito. Boa sorte para ele, que conhece muito de futebol. O Brasil está bem entregue”, garantiu o treinador.