Muricy Ramalho vai usar os três jogos restantes da fase de classificação para fazer ajustes na defesa e dar descanso aos jogadores mais desgastados fisicamente. Começou com Edu Dracena, Léo e Arouca no jogo passado. O volante viajou com a delegação para Bauru e estava escalado, mas se queixou de dores musculares na coxa direita e ficou fora por precaução. O plano do treinador é poupar outros titulares diante do São Caetano, quinta-feira à noite, no Pacaembu. Estão fora da lista Neymar e Montillo, porque decidem jogos.
“Ainda não sei quem vai jogar quinta feira (contra o São Caetano) porque na semana que vem vai começar a Copa do Brasil, que é a nossa grande meta, e aí serão sempre dois jogos por semana, aumentando o risco de lesões dos atletas”, disse o treinador, após a vitória contra o Oeste.
Não é apenas o risco de contusões que preocupa Muricy. Longe de ter a eficiência ofensiva de 2010, que encantou o País, e o aproveitamento de 2011 (conquistou a terceira Libertadores da história do clube), o time tem sofrido muitos gols na atual temporada. Já foram 19 no Paulistão, média de 1,19/jogo. A equipe só não foi vazada nos clássicos contra Corinthians e Palmeiras – ambos terminaram empatados por 0 a 0 – e nas vitórias sobre Botafogo (3 a 0) e Ituano (1 a 0).
Neto se saiu bem como titular ao lado de Durval enquanto Edu Dracena se recuperava da cirurgia no joelho, nas primeiras rodadas do Estadual. Com a volta do capitão, a defesa ficou mais lenta. Além disso, a eficiência na marcação não é o forte dos dois laterais considerados titulares, Bruno Peres e Léo, sem contar que Renê Júnior não marca tão bem quanto Adriano, que foi para o Grêmio. A maior dificuldade para o treinador fazer os acertos necessários é que Dracena, Durval e Léo são jogadores experientes e profissionais sérios. Mas tem reservas pedindo passagem.
Apesar de o time ter sofrido gol na vitória diante do Oeste, em Bauru, Muricy deixou claro ter gostado das atuações de Neto, Guilherme Santos e, principalmente Alan Santos, considerado por ele o volante do futuro. “Alan toma conta do meio de campo”, definiu o treinador. Pode ser recado do treinador para alguns titulares. Pode se repetir o que aconteceu com Giva, que treinava bem, entrou no time para quebrar o galho numa das ausências de Neymar e acabou tomando o lugar de André.