No São Paulo, ninguém gostou da decisão do Goiás de colocar o preço de R$ 400 pelo ingresso do jogo da última rodada, que pode decidir o título do Campeonato Brasileiro. Os dois times se enfrentam neste domingo, no Estádio do Bezerrão, no Gama (DF). Os goianos não confirmam, mas o preço seria para compensar as despesas do time, que queria jogar em Uberlândia (MG).
O técnico Muricy Ramalho não ficou satisfeito com o valor colocado pelo clube goiano, mas evitou entrar em polêmica. “O preço do ingresso é, sem dúvida, muito alto. Mas se esse é um direito do clube mandante, não tem o que fazer”, afirmou.
Apesar de não aprovar o valor, Muricy diz não ter preocupações com o gramado. O técnico lembra que a seleção brasileira jogou no estádio, na goleada por 6 a 2 no amistoso contra Portugal, em 19 de novembro. “O campo me parece muito bom. Quanto a isso, acredito que não teremos problemas. Para a seleção ter jogado lá, o gramado nem pode ser ruim”, afirmou.
Entre os jogadores, o preço do ingresso também não agradou. O zagueiro Rodrigo disse que não pagaria tão caro para assistir a uma partida de futebol. “Lógico que é uma paixão nacional, mas o torcedor tem que pensar que R$ 400 é muito e dá para alimentar uma família, ou até mais.”
A diretoria do Goiás culpa a CBF pelo preço alto. Segundo dirigentes do clube goiano, quem levar um quilo de alimento não perecível ou doar roupas para as vítimas de enchentes em Santa Catarina poderá pagar meia-entrada, no valor de R$ 200.
