O provável desligamento de Riva de Carli do comando técnico do Atlético Paranaense deu margem para o início das investigações de quem será o sucessor do treinador para o campeonato brasileiro de 2002.
Como é flagrante o desejo de a diretoria não pagar um alto salário para o comandante do time, como candidatos aparecem técnicos como Giba, ex-treinador do Santos, Muricy Ramalho, recém desligado do Náutico e Ivo Wortmann, ex-Inter e Coritiba.
Apesar de os três treinadores terem confessado a admiração pelo campeão brasileiro, nenhum deles ainda foi procurado. Muricy Ramalho foi o que se mostrou mais animado com o contato. “Saí do Náutico porque queria ficar mais perto da família. A proximidade de Curitiba da capital paulista é um fator que animaria o treinador a comandar o Atlético. No entanto, Ramalho disse que os dirigentes atleticanos não o procuraram. “Eu até tive um contato com o Petraglia, mas há muitos anos. Na época fiquei muito interessado, mas acabei ficando no São Paulo”, explicou.
Kléberson voltou, mas até quando?
Rodrigo Sell
Pela primeira vez, a diretoria do Atlético chamou o meia Kléberson e pôs as cartas na mesa. Ontem pela manhã, os dirigentes conversaram demoradamente com o jogador, seu pai e o procurador para informar quais são as propostas e quais os clubes interessados em contar com o futebol do pentacampeão na temporada 2002/2003. Como é de praxe, nada saiu do clube oficialmente e a ordem é evitar dar explicações à torcida.
Nem na volta do Xaropinho ao CT apareceu um diretor para dar as boas vindas oficiais do clube. Apenas os funcionários e jogadores se reuniram com o meia e saudaram o campeão mundial. Fora de forma pelos dias parados nas merecidas férias após a Copa do Mundo, o meia subiu para o campo e acompanhou os colegas nos treinos físicos que o elenco realizou ontem.
Quanto à transferência, Kléberson negou que o negócio já esteja concretizado, mas pelo menos, foi mais sincero que a diretoria. “Não me passaram totalmente certo, me falaram que tinham propostas mas nada certo ainda”, revela. Doze horas antes da reapresentação do meia, a diretoria estava irredutível. “É mentira”, declarou o diretor de futebol, Alberto Maculan, através da assessoria de imprensa.
Ele negava o interesse de Lazio e Barcelona sobre o jogador. No entanto, as sair da reunião com a diretoria, o pai do jogador (Paulo Pereira) revelou a interlocutores que já está quase certo a transação e que a grana gira mesmo em torno de US$ 25 milhões. O clube está se esforçando tanto em manter Kléberson afastado de qualquer contato com torcida e jornalistas que colocou um segurança para acompanhar o jogador por todos os lados. Tudo para não deixar vazar a confirmação da ida do meia para a Europa.
A venda, aliás, seria a salvação da lavoura para o clube. O dinheiro que entraria ajudaria a pôr em dia todas as contas. Se ele ficar, a crise financeira se agrava já que Kléberson só ficaria no Rubro-Negro com um polpudo aumento salarial. Atualmente, o Xaropinho recebe cerca de R$ 15 mil e com o título do mundial sua remuneração deverá se multiplicar.
Kléber ainda não tem destino certo
Enquanto alguns já estão de partida, o atacante Kléber continua na espera pela sua vez de ser negociado e fazer a independência financeira. O artilheiro do Brasil no ano passado espera a confirmação do interesse do Lille da França e enquanto isso segue trabalhando no CT do Caju. Após a recusa de US$ 10 milhões no ano passado, o Atlético está penando pôr o jogador no mercado europeu.
“Ainda não tem nenhuma novidade, estou conversando com meu procurador e é difícil (essa situação) porque há muito desgaste”, revela. Mesmo assim, o matador segue trabalhando firme e disposto a permanecer mais uma temporada no clube da Baixada. “A gente tem que chegar num acordo, ambas as equipes, se querem não para procurar trabalhar mais intensivamente naquilo que a gente vai fazer”, diz. Kléber não sabe precisar o valor de seu passe, mas o pedido do Furacão agora deve girar em torno de US$ 3 milhões. (RS)