Depois de ver o Fluminense empatar por 3 a 3 com o Flamengo, no clássico do último domingo, no Engenhão, o técnico Muricy Ramalho evitou criticar a sua equipe por mais um confronto sem vitórias do time que agora ocupa a vice-liderança no Campeonato Brasileiro, dois pontos atrás do líder Corinthians, que tem um jogo a menos.
Os dois primeiros gols do Flamengo aconteceram depois de falhas claras da zaga do Fluminense, mas Muricy enfatizou: “Não aponto culpados, isso é para comentarista mesmo. Sou o técnico e não rifo os meus jogadores. Não se pode culpar só a defesa, foi o time que falhou. Se não marcar bem na frente, falha atrás”.
O comandante ressaltou que precisou dar uma bronca nos jogadores durante o intervalo do confronto, quando o Flamengo vencia por 2 a 1, e aproveitou para elogiar o meia Marquinho, que substituiu o zagueiro André Luís na volta para o segundo tempo. “Temos que analisar o jogo todo. Saímos na frente e tomamos gols que não estamos acostumados. Treinamos tudo e não podemos levar esse tipo de gol. No intervalo, quando o time está bem o técnico não tem que se meter muito porque acaba atrapalhando. Mas quando está mal tem que fazer alguma coisa. Conversei muito com eles, percebemos que houve ansiedade e precisávamos ter o posicionamento um pouco diferente. O Léo Moura não pode jogar tão à vontade como estava. O Carlinhos também precisa de alguém para fazer 2 contra 1. Funcionou bem com a entrada do Marquinho”, analisou.
TIME – A sequência de resultados ruins do Fluminense tem sido motivada, em parte, pelos seguidos desfalques que a equipe vem sofrendo, ora por lesões, ora por suspensões no Brasileirão. Diante do Flamengo, Muricy não pôde escalar Fred, Emerson, Deco, Diguinho e Fernando Henrique.
As baixas foram lamentadas por Muricy, que espera poder com a sua força total dentro de dez dias no Brasileirão. “Quando mexemos demais acabamos prejudicando o time. Perdemos muitos jogadores em pouco tempo com contusões sérias. Até conversamos que isso não está acontecendo só com o Fluminense e sim com todos os times. Não sei se o motivo é o excesso de jogos, ou de treinamento, mas isso não está bom e foi logo no momento que mais precisávamos. Estávamos muito entrosados, mas tivemos que mexer, não teve jeito e acabamos sofrendo com isso. Acho que em mais uns 10 dias estarão todos prontos para jogar e o bom é que voltarão bem na reta final. Temos essa esperança”, finalizou.
