Menina dos olhos da diretoria, o Centro de Treinamentos das categorias de base em Cotia começa a ser reformulado com a chegada do novo executivo, Júnior Chávare, e terá participação muito mais ativa de Muricy Ramalho. O treinador comentou sobre as mudanças implementadas pelo presidente Carlos Miguel Aidar e bateu forte na administração anterior, que tinha Juvenal Juvêncio como diretor e José Geraldo de Oliveira e Marcos Tadeu como líderes.
Entre as muitas críticas, o treinador disse que chegou a ser barrado na porta do CT e que teve que dar uma “carteirada” para poder entrar e acompanhar as atividades desenvolvidas. Muricy emendou dizendo que Cotia era “um São Paulo 2”.
“Sempre tive a intenção de alguns dias da semana estar lá, mas não sempre para não incomodar o pessoal, mas até treinar os jogadores. Antes eram dois times, era o São Paulo 1 e o São Paulo 2, o pensamento era separar. Era outro time, tinham donos”, afirmou.
“Estamos agora com novo projeto, conversei com esse novo executivo, falei o que esperamos dele. Disse para ele que todo mundo sabe um pouquinho de futebol, mas a grande diferença é caráter, tem que ser homem e é isso que espero. Infelizmente, está faltando um pouco disso. Virou um grande negócio ruim”, disse Muricy.
Em entrevista à ESPN Brasil, Aidar chegou a dizer que está “desmontando uma máfia que operava em Cotia”. Os métodos de treinamento e captação dos jovens serão todos reavaliados e caberá a Chávare remodelar toda a gestão da base. Muricy se mostrou empolgado com a proposta, mas ainda está reticente com o novo gestor por não o conhecer profundamente.
“Estou animado. Vou cobrar desse rapaz que chegou. O São Paulo me convidou para fazer essa integração e já falei para ele que se eu tiver alguma dúvida, estou fora. Tem que demonstrar muito caráter pra mim. Vou participar, porque temos que melhorar aquilo. Aquilo lá é um gigante, tem que dar jogador toda hora e ser ligado ao profissional. Antes tinha um cara que mandava, era dono, mas isso mudou. Agora vou ajudar a treinar, conversar com os treinadores que não tinham autonomia. Aquilo vai melhorar. E muito”, projetou Muricy.
