Muñoz é arma do Paulista

São Paulo – O atacante Muñoz podia estar disputando a Copa Libertadores pelo Palmeiras. Era o que ele pretendia. Mas o técnico Leão não quis trabalhar com o jogador colombiano, que foi emprestado ao Paulista.

"Eu esperava jogar pelo Palmeiras, mas vim para um grupo que me recebeu muito bem", contou Muñoz, que tem contrato com o time de Jundiaí até o final de abril, mas, se o Paulista for bem na Libertadores, o atacante segue até a eliminação no torneio continental.

Está tudo no contrato. Assim como uma outra cláusula: o colombiano está proibido de enfrentar o Palmeiras. "Não tem nada a ver, não sei porque eles fizeram isso", diz Muñoz.

Será por que o Palmeiras tem medo de levar gols de um ex-jogador do clube? "Pode ser, não sei", afirmou o atacante de 28 anos.

Munõz fará seu quinto jogo pelo Paulista (já marcou um gol). Por causa de uma operação no joelho esquerdo, estava sem jogar desde junho de 2004. Mas, como tem apresentado um bom futebol no seu retorno, já conquistou a vaga de titular e será o camisa 11 do time na Libertadores.

O alto salário do jogador, que gira em torno de R$ 100 mil, é bancado pelo Palmeiras. E com um bom conhecimento da Libertadores, o colombiano passa sua experiência aos companheiros. Em 2000, defendeu as cores do Nacional Medelin e, no ano seguinte, chegou à semifinal com o Palmeiras.

Além de Muñoz, o atacante Jean Carlos e o técnico Vágner Mancini já passaram por uma Libertadores. Há 11 anos, o então jogador Mancini foi campeão com o Grêmio. Já Jean Carlos foi vice com o São Caetano, em 2002. "Já tenho a medalha de vice, agora quero a de campeão", afirma o atacante.

Experiência internacional

Jundiaí – Foram quase oito meses de espera desde a conquista da Copa do Brasil, em junho do ano passado. A ansiedade é grande e a torcida não fala de outra coisa. Nesta noite (0h30 de quarta-feira, pelo horário

de Brasília), o Paulista estreará na Libertadores, contra o El Nacional, nos 2.850 metros de altitude de Quito, no Equador. Será a 1.ª rodada do grupo 8 do torneio, que conta também com River Plate (ARG) e Libertad (PAR). É a primeira vez que o clube de Jundiaí vai participar de uma competição internacional, em 96 anos de história.

"É o torneio mais importante que um clube pode participar. Tá todo mundo ansioso", admitiu o goleiro Rafael. "Os torcedores na rua só nos perguntam da Libertadores. A cidade toda está respirando esse torneio." Para minimizar os efeitos da altitude, a delegação do Paulista está desde domingo em Guayaquil e só viaja para Quito poucas horas antes do jogo com o El Nacional.

O Paulista não tem jogadores badalados. Teve perdas consideráveis em relação ao time campeão da Copa do Brasil, como Márcio Mossoró

e Léo, que foram para o Inter e, tirando Muñoz, não trouxe ninguém conhecido.

Ano passado, o time pela primeira vez na Copa do Brasil, foi campeão em cima do Fluminense e ganhou de times como Cruzeiro e Botafogo. Fez do seu estádio, o Jaime Cintra, um verdadeiro caldeirão. Na Libertadores, não custa sonhar em repetir a boa campanha de 2005.

Para mandar os jogos na cidade, a diretoria aumentou a capacidade do estádio de 15 mil para 20 mil, exigência da Conmebol.

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