Mundial Sub-20 com novidades no impedimento

Amsterdã – O Campeonato Mundial Sub-20 começa hoje, na Holanda, com novidade. Será a primeira competição da Fifa a pôr em prática as novas interpretações da regra do impedimento aprovadas em fevereiro.

A partida inaugural será entre Benin e Austrália, na cidade de Kerkrade. Logo após a estréia, entram em campo os anfitriões holandeses, para encarar o Japão. A seleção brasileira inicia sua participação no domingo, contra a Nigéria, em Emmen.

Dentro de campo, a expectativa pela revelação de craques é alta e muitos nomes já estão cotados como estrelas. Um deles é o argentino Lionel Messi, que foi campeão espanhol pelo Barcelona, ao lado de Ronaldinho Gaúcho e de Samuel Eto?o. Outros que podem se consagrar neste torneio são o espanhol Cesc Fabregas e o suíço Philippe Senderos, que atuam no Arsenal, da Inglaterra.

Muitos jogadores não estarão em campo porque foram requisitados pelas seleções principais, como é o caso do alemão Lukas Podolski, convocado por Jürgen Klinsmann para a Copa das Confederações.

Impedimento

A essência da regra 11, a do impedimento, continuará a mesma. O novo texto aprovado procura esclarecer três hipóteses: a interferência no jogo, interferência sobre o adversário e se o jogador ganha vantagem da posição adiantada quando estiver envolvido na jogada.

Um dos aspectos mais inovadores desta competição é que, se um atacante estiver impedido, sem interferir com o adversário, o juiz deve esperar até que o jogador entre em contato com a bola para aplicar o impedimento. Além disso, o assistente deve aguardar um pouco mais antes de levantar a bandeira e analisar se este jogador adiantado realmente interfere na jogada. Se o referido atacante tocar na bola, o bandeirinha deve assinalar o impedimento apenas quando acontecer o contato. Caso ele não chegue na bola, o jogo deve continuar. Mas não é só isso. Ainda neste mesmo caso, se a posição do jogador interferir no jogo de seu adversário e impedir o chute ou o toque na bola, ou ainda prejudique o campo visual do goleiro ou da defesa, o juiz não deve esperar que o jogador toque na bola para aplicar o impedimento.

Com estas novas interpretações, a Fifa pretende que o árbitro não anule a jogada antes, pelo impedimento do atacante, se este não interferir no jogo do adversário, com o goleiro e não tocar na bola.

Brasil

No Brasil, a responsabilidade recai sobre Edcarlos, Fábio Santos, Diego Tardelli e Evandro, os mais ?experientes? no grupo do técnico Renê Weber.

A experiência adquirida pelo trio do São Paulo e pelo meia do Atlético-PR na Copa Libertadores pode ser aproveitada para uma boa campanha. Outro destaque é o lateral Rafinha, do Coritiba.

O Brasil terminou o Sul-Americano da Colômbia em 3.º lugar, atrás de Argentina e Colômbia, que teve o maior artilheiro da história do torneio, Hugo ?Rodagol? Rodal-lega, este também outra esperança para o mundial.

Suspensão

A Fifa decidiu suspender ontem, antes do início da competição, juízes e bandeirinhas franceses, africanos, asiáticos e da América Central, depois que pelo menos um em cada trio de árbitros não conseguiu passar nos testes de forma física impostos pela entidade que controla o futebol mundial.

Competição já revelou Maradona e Van Basten

São Paulo – Um desfile de craques. A história mostra que esta é a melhor definição para o Mundial Sub-20. Ao longo das 14 edições anteriores, alguns dos craques consagrados nos dias de hoje foram revelados na competição. A primeira grande revelação, porém, não aconteceu na primeira edição, em 1977, na Tunísia, que teve a participação do zagueiro uruguaio Hugo De Leon, craque da Celeste e campeão mundial interclubes em 1983 com o Grêmio.

No Japão, em 79, porém, um argentino, já ídolo em sua terra natal, espantou o planeta: Diego Armando Maradona. O ?Pibe D?oro? foi o dono da competição, com uma performance que, para muitos, foi tão brilhante quanto a da Copa de 1986.

O Brasil ?apareceu no mapa? dos mundiais sub-20 em 1983, no México, quando conquistou a competição pela primeira vez. Nessa campanha, a equipe revelou ?promessas? como Jorginho, Bebeto e Dunga, que, 11 anos depois, conquistariam o quarto título mundial da história da seleção principal.

A Holanda não fez boa campanha, mas deu sua contribuição naquele ano: Marco Van Basten, genial goleador que ajudou seu país a levantar a Eurocopa de 1988.

No Mundial de 85, novamente vencido pelo Brasil, uma grande revelação e uma grande ausência: a revelação, o discreto e eficiente goleiro Taffarel. A ausência, o já marrento Romário, cortado por indisciplina.

Em 1993, o Brasil voltou a ser campeão e revelou o goleiro Dida.

Outros astros que desfilaram suas habilidades em mundiais sub-20 são os brasileiros Ronaldinho Gaúcho, em 1999, Kaká, na safra de 2001, e os argentinos D?Alessandro e Saviola, também em 2001.

No Mundial de 2003, brilharam os brasileiros Nilmar, Daniel Carvalho e Fernandinho.

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