Mundial de F1 polarizado entre as McLarens

A semana terminou para Fernando Alonso com uma boa e uma má notícia. A má: o vencedor do GP dos EUA, em Indianápolis, de novo, foi Lewis Hamilton, que ampliou para dez pontos sua vantagem no campeonato, 58 a 48. A boa: ele não precisa mais se preocupar muito com os dois pilotos da Ferrari que, no começo da temporada, davam a impressão de que iriam lutar pelo título.

Felipe Massa e Kimi Raikkonen, terceiro e quarto colocados depois da terceira dobradinha da McLaren no ano, ficaram tão para trás que ninguém mais parece duvidar que a disputa pela taça está reduzida à dupla prateada. E será uma disputa e tanto, a julgar pela tensão que permeou as 73 voltas da corrida de ontem.

Hamilton e Alonso fizeram uma prova à parte, separados na maior parte do tempo por menos de dois segundos. E em dois momentos, o espanhol deu suas estocadas para tentar a vitória.

Na largada, pegou o vácuo do inglês até a primeira curva, mas Lewis não aliviou. A perseguição, então, começou. Só que o novato, que uma semana antes ganhara seu primeiro GP, estava louco para vencer de novo. E não cometeu um erro sequer. Os dois fizeram seus pit stops quase juntos – Hamilton na 21.ª volta, Alonso na seguinte. E a partir da 26.ª, o asturiano partiu para cima.

Até que, na 38.ª, encostou de vez. O público no autódromo suspendeu a respiração. Fernando pegou o vácuo de Lewis na enorme reta dos boxes e os dois dividiram a freada. Ficaram lado a lado, mas não se tocaram. E o britânico continuou na frente. ?Foi uma disputa bonita e limpa?, elogiou Alonso. ?A corrida foi decidida na primeira curva, como tem sido neste ano. Por isso tentei na largada.?

Alonso reconheceu a bela prova de seu jovem parceiro ao abraçá-lo atrás do pódio e, assim, aparecer diante das câmeras de TV, abraçado a ele, para receber os troféus. Foi a forma que encontrou de mostrar que os ânimos entre os dois são muito menos acirrados do que querem fazer parecer os jornalistas ingleses e espanhóis, doidos por uma confusão.

Hamilton também cobriu o companheiro de elogios e repetiu o que vem dizendo desde a estréia, na Austrália. ?Estou vivendo um sonho. E as coisas estão melhorando cada vez mais?, comemorou, com um sorriso estampado no rosto. Lewis, aliás, ri à toa o tempo todo. Pelo rádio, assim que recebeu a bandeirada em primeiro, soltou uma deliciosa gargalhada via satélite.

É a alegria da F1, este estreante de 22 anos. Menos para seus rivais. Mas até Alonso está se rendendo à sua simpatia. ?Ele fez uma grande corrida. E estou feliz, apesar do segundo lugar.?

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