A partir desta quarta-feira e até sábado, mais de 400 trabalhadores-atletas vindos de 10 países estarão em Curitiba, disputando o Campeonato Mundial de Atletismo do Trabalhador.
O Paraná, estado anfitrião do certame, tem dez representantes habilitados, participando das provas em defesa dos nomes de suas empresas. Ângelo Crespão, dos Correios de Cascavel; Alessandra Rodrigues da Costa, Kellen Pinto, Joselaine Zecklinski e Regina Nascimento, da CBCC; Rosângela dos Santos, da Robert Bosch, de Curitiba; Ednaldo dos Santos, da Volkswagen de São José dos Pinhais; Sérgio de Brito, da Milênia, de Londrina; Alexsandro da Silva, da Flessak, de Pato Branco; Anoé dos Santos, da Móveis Colorado, de Arapongas.
Nesse período, serão realizadas 18 provas femininas e 20 masculinas, mesclando pista e campo, com trabalhadores-atletas que alcançam marcas destacadas em provas realizadas com as características oficiais de competições olímpicas.
Primeira vez
O Mundial de Atletismo do Trabalhador acontece a cada três anos em diferentes países, para provas individuais e de equipes, sempre com a chancela da Confederação Esportiva Internacional do Trabalho (CSIT).
Este ano em que o Brasil sedia, pela primeira vez, esse evento internacional, a organização é do Sesi (Serviço Social da Indústria) e conta com a participação da Confederação Pan-Americana do Desporto do Trabalhador (Copadet). As provas serão realizadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). O velocista Robson Caetano, reconhecido mundialmente pelo desempenho alcançado nos anos 80s e 90s, é o patrono deste mundial.
Sob a coordenação do gerente de esportes do Sesi, Rui Campos do Nascimento, o
mundial de atletismo, além das delegações de atletas que estarão chegando de todo
o País, deverá trazer ao Paraná trabalhadores da Europa, América Latina e África. Delegações da Áustria, Angola, Bélgica, Finlândia, França, Portugal, Suíça e Tunísia começam a chegar ao Brasil.
Necessidade
A competição integra, em várias provas, industriários que se enquadram em um novo perfil de trabalhador. Conforme avaliação de empresários, em pesquisa realizada durante os jogos regionais e nacionais do Sesi, esse trabalhador leva para dentro do ambiente de trabalho o espírito de equipe, a valorização da responsabilidade, a busca de objetivos, o comprometimento com a qualidade e com os resultados, além da superação de limites, características cobiçadas pelas corporações em todo o mundo. Em levantamento
realizado em 2004 entre 60 empresários, o Sesi registrou que 91,7% dos dirigentes ouvidos qualificam a prática de esportes como parte da cultura e das necessidades do trabalhador. Entre os mesmos pesquisados, 76% avaliaram que o esporte melhora o ambiente de trabalho.
