Multidão presta homenagem a Ayrton Senna em Ímola

O circuito de Ímola recebeu nesta quinta-feira uma multidão para homenagear Ayrton Senna, que morreu após sofrer um grave acidente durante o GP de San Marino, realizado no dia 1º de maio de 1994, exatamente 20 anos atrás, e realizaram um minuto de silêncio às 14h17 (hora local), mesmo horário da batida fatal.

Fãs de Senna, membros da sua família, além de companheiros da Fórmula 1 e atuais pilotos da principal categoria do automobilismo mundial participaram do evento solene, mas também festivo para marcar o 20º aniversário da morte do piloto brasileiro.

A cerimônia foi realizada na curva Tamburello do circuito de Imola, onde Senna colidiu com o muro a cerca de 300 km/h. O austríaco Roland Ratzenberger, que morreu um dia antes, após acidente no treino de classificação, também foi lembrado.

Entre os presentes estavam Gerhard Berger, companheiro de equipe de Senna na McLaren, e atuais pilotos da Ferrari na Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso e o finlandês Kimi Raikkonen. “Eu acho que todos nós concordamos que ele foi o melhor piloto de todos os tempos”, disse Berger, aplaudido pela multidão. “Mesmo que seja um momento triste, nós estamos todos muito felizes por estar aqui e lembrar Ayrton”.

Alonso, que possui dois títulos mundiais de Fórmula 1, tinha 12 anos quando Senna morreu. “Para muitos de nós, ele era nosso ídolo”, disse o espanhol. “Eu costumava assistir a corridas e quando via o capacete amarelo e o número 1 no seu carro, aquilo realmente me atingia como uma criança”, acrescentou.

“Eu não tive a chance de conhecê-lo ou correr com ele e há um grande número de pessoas aqui que realmente o conheciam. Mas também vejo um monte de crianças, por isso ele continua influenciando muitas pessoas”.

Sobrinha de Senna, Paula estava entre os representantes do piloto e ficou impressionada com o grande comparecimento de fãs. “Isso significa que de alguma forma ele alcançou o coração das pessoas, com sua carreira e também com a maneira como ele era como pessoa”, disse. “Eu sinto que ele está vivo no coração das pessoas, mesmo depois de todo esse tempo. É lindo”, concluiu.

Organizador do evento, Ezio Zermiani estava radiante de alegria com o sucesso ha homenagem. “Nós pensamos que podia ser algo que foi esquecido. Mas, então, esta manhã quando saí do meu hotel, eu vi mais trânsito do que quando havia a corrida aqui, mesmo que não tenham carros de corrida. Por isso, tornou-se um GP de lembrança”.

Zermiani apontou que as melhorias de segurança apresentadas pela Fórmula 1 após as mortes de Senna e Ratzeberger ajudaram a impedir mais acidentes fatais nos últimos 20 anos. “Então Ayrton não morreu por nada”, concluiu.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo