Milena Bemfica, mulher do goleiro Jean, do São Paulo, se pronunciou em seu Instagram neste sábado a respeito de que atitude vai tomar quanto à agressão que sofreu do marido em Orlando, nos Estados Unidos. Ela diz que estuda denunciar Jean pela Lei Maria da Penha.

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Jean foi preso pela polícia norte-americana na última quarta-feira, acusado de agredir Milena no hotel Marriot Fairfield, em Orlando, na Flórida. De acordo com o boletim de ocorrência registrado, ele a agrediu com oito socos na frente das duas filhas. O caso se tornou público depois que a mulher postou em suas redes sociais imagens de seu rosto inchado e com hematomas.

Na publicação em seu Instagram, Milena fez uma espécie de desabafo sobre os ataques que tem recebido, reclamando dos perfis falsos usados, segundo ela, para ofendê-la e afirmou que não prestou queixa contra Jean porque não queria que ele ficasse preso fora do Brasil.

“As demais atitudes, bem como ingressar com as indenizações pertinentes, a representação dele no Brasil pela Lei Maria da Penha, já estão sendo estudadas e examinadas junto com o corpo jurídico dos meus advogados”, comunicou Milena. Ela prometeu não se calar diante da agressão que diz ter sofrido. “Assim como milhões de mulheres no mundo passam pela mesma situação e vivem caladas e com medo acreditando na melhora do agressor. Mas diante da gravidade eu não posso me manter calada”, escreveu.

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Milena permanece nos Estados Unidos. Ela garantiu que não foi procurada por Jean para prestar assistência e disse estar frágil com os fatos recentes, de modo que deseja que o caso se encerre logo. “Peço que parem de me julgar, violência doméstica não é um mero capricho, uma discussão de família. Se vocês observarem vão perceber o quanto eu estou fragilizada fisicamente, psicologicamente, sozinha, em um país diferente do meu com duas crianças”, disse.

Jean deixou a cadeia na quinta-feira. A Justiça dos Estados Unidos determinou a soltura do jogador brasileiro após audiência de custódia. Ele não precisou pagar fiança e terá de ficar afastado da mulher. Por outro lado, poderá ter contato com as duas filhas, mas com supervisão de terceiros. Ele teve de se comprometer a comparecer ao tribunal em audiências futuras e a não se envolver em outras ações ilegais.

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Apesar da soltura, o processo de Jean continuará nos Estados Unidos. Ele poderá retornar ao Brasil e ser representado por um advogado constituído no estado norte-americano. Após o ocorrido, a diretoria do São Paulo se reuniu e decidiu rescindir o contrato de Jean que iria até o final de 2022. O clube aguarda o fim das férias, em janeiro, para formalizar a saída do goleiro de 24 anos.