A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) confirmou nesta terça-feira que a pivô Érika desfalcará o Brasil na Copa América do México, que começará no próximo sábado e irá até o dia 28. Com a baixa de peso, o Brasil buscará o título da competição ou ao menos uma das três vagas garantidas aos três primeiros colocados no Mundial da Turquia, no ano que vem.
Principal jogadora do basquete brasileiro na atualidade, Érika não poderá disputar a Copa América porque estará defendendo o Atlanta Dream no mesmo período durante os playoffs da WNBA, que começarão nesta quinta-feira e vão até 16 de outubro. A atleta lamentou a sua ausência da competição em solo mexicano, mas admitiu que não poderia deixar de atuar pelo seu time neste momento decisivo da liga feminina de basquete dos Estados Unidos.
“Estou muito triste de não estar junto com as minhas companheiras em um campeonato tão importante, que definirá a nossa ida ao Mundial da Turquia. Gostaria muito de estar com elas nesse momento e ajudar no que estivesse ao meu alcance, como sempre fiz. Infelizmente, dessa vez não será possível sair daqui (dos Estados Unidos), pois nesta mesma época estarei disputando os playoffs pelo Atlanta Dream”, ressaltou a pivô, em declarações reproduzidas nesta terça pelo site oficial da CBB.
A equipe nacional já está em Xalapa, no México, e irá estrear na Copa América no sábado, contra Porto Rico, às 19h30 (horário de Brasília), em jogo válido pelo Grupo B. Em seguida, o Brasil pegará a República Dominicana no domingo, a Argentina no dia 24 e as mexicanas no dia 25, no encerramento da primeira fase. As duas seleções mais bem colocadas da chave avançarão às semifinais, sendo que o Grupo A contará com Canadá, Chile, Cuba, Jamaica e Venezuela.
Sem poder defender a seleção, Érika aposta que o Brasil terá sucesso na competição, sob o comando do técnico Luiz Augusto Zanon. “Acredito 100% no trabalho do Zanon e na força das jogadoras. Sei que esse grupo está unido e irá trazer a vaga que tanto queremos. Estarei sempre em contato com elas e, mesmo de longe, podem ter certeza que meu coração estará no México”, disse a jogadora.
Fábio Jardine, empresário de Érika, afirmou que “liberar uma jogadora nos playoffs da WNBA é um processo bastante complicado”, embora tenha admitido que isso já ocorreu “inúmeras vezes”. Porém, ele enumerou os motivos que inviabilizaram a presença da pivô nesta Copa América. “A opção da Érika é sempre defender o Brasil, mas devido a quantidade de contusões no time do Atlanta e a total incompatibilidade dos calendários, infelizmente, tornaram inegociável para este ano a saída dela para defender a seleção brasileira”, disse o agente.
Zanon, por sua vez, ressaltou que entendeu a situação da pivô e evitou criticá-la por priorizar a WNBA neste momento. “A minha maior alegria foi escutar da Érika que ela queria trabalhar comigo e colaborar com o projeto. Conversei com ela algumas vezes desde que assumi o comando da equipe (em março) e a respeito muito como atleta. Desde o início ela deixou claro que seria difícil poder defender o Brasil por causa da situação de sua equipe na WNBA, mas que queria muito estar com a gente. Entendemos que a Érika é uma jogadora que faz falta a qualquer equipe do mundo. Ela manteve a conduta e deixou em aberto que, em caso de eliminação nos playoffs, integraria a equipe no México”, disse o comandante.