O Ministério Público Federal (MPF) acredita que a Olimpíada do Rio serviu ao enriquecimento da organização criminosa investigada na Operação Unfair Play, e não apenas para os alardeados objetivos de divulgar o País no exterior, incentivar o turismo e melhorar a infraestrutura urbana carioca.

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“Os Jogos Olímpicos foram uma das melhores estratégias de capitalização política e financeira da organização criminosa. A partir dos jogos, teve uma avalanche de investimentos privados e públicos. Com esses investimentos, obras foram realizadas, contratos de serviços foram firmados. Eles tiveram seus lucros e, por outro lado, também pagaram a propina que vem sendo demonstrada a cada denúncia, a cada passo da Lava Jato”, disse a procuradora Fabiana Schneider em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

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A investigação aponta para o ex-governador Sergio Cabral como líder do esquema que visava levar a Olimpíada para o Rio por meio de compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional.

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Um desses votos foi, segundo o MPF, de Lamine Diack, então presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo, por meio de seu filho, Papa Massata Diack. O procurador Rodrigo Timóteo disse que podem ter sido movimentados bem mais que os US$ 2 milhões (R$ 6,3 milhões) que o COB teria repassado a ele como propina.