Três dias após a Justiça absolver o diretor-geral da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares – o ex-jogador Bobô -, e o ex-diretor técnico do órgão, o engenheiro Nilo Santos Júnior, das acusações de homicídio e lesões corporais culposas (sem intenção) no caso da tragédia da Fonte Nova, o promotor do Ministério Público baiano responsável pelo caso, Maurício Cerqueira, entrou com recurso contra a decisão na tarde desta segunda-feira.
De acordo com o promotor, a justificativa do juiz José Reginaldo Costa Rodrigues Nogueira para absolver os acusados – falta de provas contra os denunciados – não faz sentido. “Há diversos laudos que comprovam a ligação entre a falta de manutenção do espaço, de responsabilidade dos acusados, e a tragédia”, alegou o promotor. “Estamos pedindo uma melhor análise dos documentos.”
A tragédia da Fonte Nova aconteceu em 25 de novembro de 2007, durante um jogo entre Bahia e Vila Nova pela Série C do Campeonato Brasileiro. Havia 60.007 pessoas no estádio comemorando o resultado da partida – 0 a 0 -, que classificava o Bahia para a Série B do ano seguinte -, quando um trecho do anel superior da arquibancada ruiu, causando a morte de sete pessoas.