MP pede ajuda das torcidas para identificar baderneiros

Representantes das torcidas organizadas do Atlético, Paraná Clube e Coritiba cobraram ontem maior ação policial e punição para repreender os atos criminosos em dias de jogo de futebol na capital.

A reivindicação foi feita em reunião com o procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, e integrantes do Ministério Público do Paraná (MP-PR), na qual se discutiu a responsabilização das torcidas e a possibilidade de extinção desses grupos, conforme vem sendo defendido pelo secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

“Não temos poder de polícia. Posso expulsar o cara da torcida, mas ele vai continuar indo ao estádio. Há uma sensação de impunidade desses vândalos”, argumentou o presidente da torcida Império Alviverde, Luiz Fernando Corrêa, o Papagaio.

“Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém. Se tivermos que ser punidos, vamos aceitar, mas a gente não pode pagar por algumas pessoas dessa índole”, falou o vereador e presidente da Os Fanáticos, Julião da Caveira.

Em contrapartida, o MP-PR foi incisivo ao pedir controle das torcidas sobre os “comandos” -grupos paralelos que chegam a fazer apologia ao crime e incitam a violência.

“Vocês querem que haja punição, então colaborem em identificar os responsáveis pelos atos criminosos. Os comandos parecem estar fora de controle, inclusive se vangloriando na internet de estarem armados”, pediu Sotto Maior Neto, que disse ser necessária “discussão mais ampla” em relação à proposta de extinção das organizadas.

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