O segundo promotor de Justiça Criminal de Itaquera, Joacil da Silva Cambuim, pretende analisar laudo feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) sobre a queda do guindaste que matou dois operários no estádio do Corinthians, em novembro de 2013, para decidir se vai ampliar a denúncia que fez à Justiça sobre o acidente.
O laudo do IPT, publicado nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo, aponta que a ruptura de um duto localizado no subsolo do Itaquerão deu início a uma sucessão de eventos que terminaram com a queda do guindaste. O documento critica ainda o fato de não ter sido feita avaliação sobre a tubulação de águas pluviais existente no trajeto da máquina e também ressalta que o plano original de içamento da peça não foi seguido à risca.
A investigação feita pelo IPT foi encomendada pelo Ministério do Trabalho e demorou quase dois anos para ser concluída.
Seis pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público: quatro engenheiros da construtora Odebrecht e dois funcionários da Locar, empresa responsável pela operação do guindaste. Cambuim usou como base da denúncia uma perícia feita pelo Instituto de Criminalística, que apontou falha de compactação do terreno do estádio. A Justiça aceitou o pedido e deu início ao processo.
Com as novas informações do laudo do IPT, Cambuim pode reformar a denúncia feita para a Justiça e aumentar o número de pessoas envolvidas na construção do Itaquerão consideradas culpadas pela queda do guindaste.