Foto: Arquivo/O Estado

Cartola já não é mais unanimidade
e a torcida quer que ele mude
ou deixe o Atlético.

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Com o Atlético indo de mal a pior no Campeonato Brasileiro, o Movimento Acorda Torcedor Atleticano (Mata) bota a cara de fora e mostra nome e sobrenome para novo protesto. Depois de um panfleto anônimo, que gerou algumas respostas da diretoria rubro-negra através da internet, Renato Sozzi e Maria Lúcia Simas voltam à tona para exigir um canal de diálogo, a queda de Givanildo de Oliveira, reclamar do preço dos ingressos e continuar contestando a política de contratações. Assim, na partida contra o Juventude, amanhã, eles querem que os torcedores apóiem o time, mas avisam que a cartolagem não deve esperar elogios das arquibancadas.

?Não suportamos mais esse marasmo e letargia que (Mário Celso) Petraglia (presidente do conselho deliberativo) quer implantar no nosso clube. Queremos a nossa paixão de volta, nos cansamos de dizer que temos tudo do melhor, mas um time de péssima qualidade?, desabafa Sozzi. De acordo com ele, tudo o que foi cobrado no primeiro panfleto acabou se confirmando. ?Tentamos mostrar a nossa indignação pela falta de transparência e no balcão de negócios que se transformou o Atlético. Tivemos com isto

três notas oficiais do clube nos chamando de alcoviteiros e anônimos. Pois bem, o Mata mostrou que antevíamos coisas piores?, detona.

De acordo com os torcedores, os protestos vão se intensificar a partir de agora. ?Mandamos fazer os panfletos. Se não ficarem prontos para este jogo, fica para o próximo?, adianta Sozzi.

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O alvo vai ser novamente Petraglia, que, segundo o movimento, não ganhou nada de importante desde que tomou o poder em 2002. ?Iremos exigir mudança de postura e exigir que este senhor mude suas atitudes e respeite o torcedor ou abandone o clube, porque ele está acabando com a nossa alegria e nosso orgulho de sermos atleticanos?, dispara. O treinador também não foge à regra. ?Exigimos a saída de Givanildo mesmo sabendo que o culpado é quem o trouxe e não aceitamos o ?imperador? construir mais um pombal e delegar ordens como se fosse o dono do clube.?

Ex-aliado e artífice do ?Fica Petraglia?, Renato Sozzi explica que deixou de apoiar o dirigente depois que este mudou de atitude. ?Já troquei muitos e-mails com ele, mas em 2002 ele não falou que iria aumentar o ingresso, proibir a organizada e impedir a imprensa de trabalhar. Eu continuo sendo o mesmo desde que entrei na Fanáticos em 1979?, diz. Segundo ele, a apresentação dos nomes nesse momento foi para evitar novas polêmicas.

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?A diretoria também não assina com nomes e nós achávamos que o movimento era da torcida e de várias pessoas. Como deu polêmica e não tenho rabo preso, resolvi aparecer?, finaliza.

De braços cruzados, Giva segue no comando

Até nas vazias arquibancadas do Anacleto Campanella o técnico Givanildo de Oliveira teve que ouvir pedidos para sua saída. Mas ele fica. O treinador voltou ao trabalho ontem e já prepara o Rubro-Negro para a partida de amanhã contra o Juventude. Sem a dupla de atacantes Dagoberto e Pedro Oldoni, a única novidade na equipe deverá ser a entrada de Carlos Alberto no lugar de Jancarlos, suspenso.

Indestrutível, apesar das cinco derrotas em sete jogos pelo Brasileiro e um modesto aproveitamento de 29%, ele segue no comando do Furacão. Ontem, cruzou os braços e ficou observando o treinamento regenerativo.

Viu também que Pedro Oldoni e Dagoberto só correram pelo CT e estão fora do confronto contra o Juventude. Sem eles, a tendência é manter o mesmo time que perdeu mais uma, com exceção de Carlos Alberto no lugar de Jancarlos. Pela manhã, acontece o trabalho final.

Prateleira

A CBF confirmou ontem a contratação do atacante Neto Baiano, de 23 anos. Depois de rodar por Mirassol, Mogi Mirim, São Caetano e Paulista, ele assinou com o Rubro-Negro até 2009. Já está à disposição de Giva, mas não foi convocado para o confronto contra os gaúchos.