Transparência, respeito e democracia. Estas três premissas são a base do Movimento CAP mais unido, formado por ex-dirigentes do Atlético que querem dar um novo rumo para o Furacão nos próximos anos. Cada vez mais encorpado, o movimento, por hora, não chega a ser uma chapa de oposição ao comando do atual presidente Mário Celso Petraglia, mas leva consigo a proposta de melhorar o relacionamento do Furacão com os seus associados, conselheiros e no tratamento com a imprensa.
Antes da formação deste movimento, este grupo de ex-dirigentes, conselheiros e associados do clube, chegou a ter uma reunião com Mário Celso Petraglia propondo melhorias ao clube, mas as ideias não foram bem recebidas pelo atual mandatário atleticano. “Tentamos uma reunião com o presidente, fizemos algumas reivindicações, como o melhor tratamento ao associado e ao conselheiro, para que a briga com a imprensa terminasse, mas não fomos bem recebidos. O atleticano precisa da imprensa e isto está fazendo de nós o clube mais antipático do Brasil. Queremos saber o que acontece, não só o que a TV CAP passa”, frisou José Carlos Farinhaque, ex-presidente rubro-negro e um dos integrantes do movimento que revolucionou o Atlético na década de 90 com a volta do Furacão para a Baixada.
Farinhaque, que ajudou na campanha de Mário Celso Petraglia na última eleição do clube, no final de 2011, confirmou que o movimento não é uma oposição a atual diretoria, mas confidenciou que pode sim se tornar uma chapa de oposição. “É um grupo forte e que vai pressionar para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível. A gente quer mudar. Se não for agora, o movimento pode se tornar uma oposição, mas hoje não é. As solicitações são mínimas. Não sou líder desse movimento e nem tenho condições para assumir qualquer posição no clube, mas queremos o melhor para o Atlético”, acrescentou Farinhaque.
Este movimento independente, que começou com apenas doze pessoas e já tem mais de cem atleticanos envolvidos, se reunirá amanhã em um restaurante de Curitiba para discutir novas medidas para fortalecer o Atlético futuramente. “É um movimento à parte, sem a presença da atual diretoria. São médicos, empresários, engenheiros envolvidos e todos os atleticanos estão convidados a participar. A receptividade é cada vez maior e pode ficar bastante forte para uma futura eleição. Esse movimento pode até apoiar a situação, ou a oposição, mas pode também lançar um candidato. Queremos a democracia dentro do clube e essa é a vontade de muitos atleticanos. São debates de alto nível e que não ofendem ninguém. Por isso estou envolvido”, concluiu Farinhaque.