Movimento anti-Gionédis cresce mais

O manifesto de torcedores do Coritiba não está mais limitado somente a pedir a cabeça do presidente Giovani Gionédis. Agora, as diversas facções que compõem o bloco contra a atual diretoria vão mirar também o conselho deliberativo. No sábado, dia da última partida do Coxa pela Segundona, diante do Avaí, às 16 horas, no Alto da Glória, além da colocação de uma faixa de luto no Homem Nu, será entregue um documento a Júlio Militão da Silva, presidente do Conselho Deliberativo do clube, pedindo para ele acelerar o processo de ?impeachment?. Na próxima semana, os conselheiros serão ?visitados? pelos manifestantes para tomar um posicionamento de cada um deles.

?Vamos pedir aos conselheiros favoráveis à saída de Gionédis para ajudarem o clube. Aos que forem contrários vamos pedir que também renunciem?, revelou Édson Fink, presidente do Movimento Coritibano Unido (MUC), um dos líderes do manifesto. Segundo ele, não é hora para ninguém ficar em cima do muro em relação ao Alviverde. ?Ou decide agora ou terceira divisão. Na semana que vem, já começa o clima de Natal e aí não se resolve mais nada?, adverte.

De acordo com Fink, o movimento dos torcedores quer cobrar de todo mundo, até de quem está na oposição. ?A oposição também tem que se manifestar?, pede. Hoje, vários conselheiros contrários a Gionédis estarão tomando café e se posicionando a respeito num hotel do Centro, mas o MUC não foi convidado. ?O nosso protesto é do torcedor, do povo, por isso o nosso lema é ?Vergonha, Nunca Mais!?, diz.

Para sábado, o MUC, a Império Alviverde, o Coritiba Eterno, os Coxanautas e outros segmentos já fizeram a programação. Às 11 horas, começará a concentração na Praça 19 de Dezembro, próximo ao Passeio Público; às 13h, colocação da faixa ?Fora Gionédis? no Homem Nu; às 13h30, carreata com carro de som rumo ao Couto Pereira e às 14h nova concentração nas ruas Mauá e Amâncio Moro. ?Pelo andar da carruagem estamos esperando cerca de 5 mil pessoas. Já tivemos contatos com a PM e a manifestação vai ser totalmente pacífica?, garante.

Oposição

Enquanto isso, hoje pela manhã, caciques como Tico Fontoura, Ricardo Gomyde, Francisco Araújo e Marcos Hauer se posicionarão a respeito da fracassada temporada do Coxa em 2006. Eles também deverão fazer um documento com sugestões para tirar o clube do atoleiro e, talvez, também passem a apoiar o pedido de renúncia de Gionédis feito pelos grupos organizados do Coritiba.

Técnico do Náutico renegocia contrato, mas ?fala? do Coxa

Ninguém anunciou ainda a demissão do técnico Paulo Bonamigo, se é que isso acontecerá mesmo. Mas tem treinador já dizendo que tem proposta para vir pro Alto da Glória. Isso mesmo. Lá em Recife, enquanto tenta uma renovação de contrato com o Náutico, Hélio dos Anjos assoprou para a imprensa que o Coritiba está interessado em seu concurso. No Coxa ninguém fala a respeito, mas o treinador pode estar apenas usando o velho ?migué? para tentar se valorizar. Ou seria o prenúncio mudanças para 2007?

?A partir de dezembro estou livre para o mercado e já tenho proposta de um clube grande que permaneceu na segunda divisão?, revelou Hélio, que não desmentiu a associação com o Coritiba. No entanto, ele diz que preferiria permanecer no Timbu, mas com algumas condições. ?A estrutura do Náutico tem que melhorar em pelo menos 60% para a Série A. Vamos acabar com essa coisa de contratar jogadores de 1.ª Divisão. Temos é que trazer atletas com o perfil do clube e que se comprometam com a comunidade que faz o Náutico?, pede.

Apesar de ser anti-ética a praxe de contatar profissionais enquanto um outro ocupa o lugar no clube, a situação é normal no futebol brasileiro.

Se Hélio dos Anjos não estiver apenas tentando se valorizar para conseguir um salário melhor, Bona já estaria com os dias contados e um novo projeto baseado no novo treinador estaria sendo montado pelo diretoria, que só irá falar com a imprensa na próxima segunda-feira.

Embalos na capital federal

Enquanto a torcida do Coritiba chorava a permanência na Segundona, jogadores passeavam em um shopping de Brasília? Foi isso que um torcedor alviverde diz ter presenciado no sábado, após o empate – 1 a 1 – contra o Gama. Como virou rotina no CT da Graciosa, poucos tiveram coragem de enfrentar os microfones.

O goleiro Kléber tentou explicar a situação.

?Não posso falar, mas tenho certeza que isso não tenha acontecido. Estava com minha mulher internada e, depois do jogo, fui direto para Goiânia porque minha esposa está grávida de oito meses?, disse Kléber. Apesar do problema familiar e da diretoria o ter liberado para ficar mais tempo e dar total assistência à mulher, ele preferiu se reapresentar como todo mundo. ?Fiquei dois dias sem dormir no hospital e estou aqui porque é minha obrigação profissional vir num momento como este?, apontou o goleiro.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo