Principais nomes cogitados para o lugar de Paulo Bento, que deixou o comando da seleção portuguesa na semana passada, José Mourinho, do Chelsea, e Jorge Jesus, do Benfica, descartaram qualquer possibilidade de treinar o país. Com isso, Portugal segue em busca de um nome para tirar a equipe da má fase que vive.
Mourinho lembrou que em 2010, quando comandava o Real, aceitou o convite da Federação Portuguesa de Futebol, mas o acordo não saiu porque não foi liberado pelo presidente do clube, Florentino Pérez. O próprio treinador garantiu que na oportunidade aceitou apenas porque o lado emocional falou mais alto e afirmou que isso não aconteceria neste momento.
“Da outra vez aceitei porque tive uma reação emocional. Agora, nem vale a pena falar, porque, com certeza, não é compatível treinar um clube e uma seleção. Nem seria ético, com tantos bons treinadores desempregados”, declarou, em entrevista à tevê portuguesa TVI.
Já Jorge Jesus foi mais crítico ao explicar os motivos que o fazem recusar o cargo. Para ele, a má fase vivida pela seleção portuguesa nos últimos anos faz com que todos os treinadores que por lá passam saiam “desprestigiados”. Isso aconteceu com Paulo Bento, após a queda ainda na primeira fase da Copa do Mundo do Brasil e a vexatória derrota na estreia das Eliminatórias para a Eurocopa de 2016 para a Albânia, em casa.
“Seleção está fora de questão, sou treinador do Benfica. É uma situação normal (ser cogitado), pois treino o Benfica, uma das maiores equipes portuguesas. De momento não me passou pela cabeça, daqui a uns anos não sei. Mas é importante dizer que quem sai da seleção sai completamente desprestigiado, como aconteceu com o Carlos Queiroz e agora com o Paulo Bento, que levou tiros de todo o lado”, comentou.